Dólar inicia a semana em queda com disputa comercial e previsões do Boletim Focus

O dólar abre a semana em queda com guerra comercial, Boletim Focus e as demais reformas que serão encaminhadas ao Congresso.

Por volta das 9h20, o dólar variava negativamente a 0,345% sendo negociado a R$ 3,9805. O mercado está reagindo às negociações da primeira fase do acordo da disputa comercial.

Além disso, segue no radar dos investidores as novas previsões do Boletim Focus. Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a expectativa do PIB pela terceira semana seguida.

Acordo comercial

Os investidores internacionais observam positivamente os desdobramentos da primeira fase da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Segundo a agência de notícias “Bloomberg”, nesta segunda-feira (4), o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, teve uma reunião com o premiê chinês Li Keqiang, em uma cúpula regional em Bangcoc, na Tailândia.

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Um pouco antes, Rossa disse em um fórum comercial que os Estados Unidos estavam “muito adiantados” para concluir essa parte do acordo. De acordo com o secretários, essa primeira etapa é “particularmente complicada” e reforçou que os americanos estavam “assegurando que cada lado tenha um entendimento muito correto, claro e detalhado do que cada lado concordou”.

“Estamos em boa forma, estamos fazendo um bom progresso, e não há razão natural para que não possa ser”, disse Ross.

Boletim Focus

O Boletim Focus, pela terceira semana consecutiva, aumentou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Na divulgação desta segunda-feira (4), os especialistas entrevistados pelo BC elevaram para 0,92% a expectativa pela expansão da economia brasileira.

Além disso, o Boletim Focus, depois de uma elevação na previsão inflacionária na semana passada, após 11 semanas seguidas de cortes, manteve a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para o final de 2019, é esperada uma inflação de 3,29%.

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Mesmo com o leve aumento na expectativa da inflação em comparação com as últimas semanas, o IPCA continua abaixo da meta fixada para pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4,25%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,75% até 5,75%.

Reformas no Congresso

O conjunto de reformas preparadas pelo Ministério da Economia, liderado pelo ministro Paulo Guedes, deverá ser entregue pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso na próxima terça-feira (5).

“A ideia é dar demonstração, como na reforma da Previdência, de que estamos juntos”, afirmou Bolsonaro, demonstrando que poderá convidar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, num gesto de “harmonia” entre os Poderes.

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Além disso, a proposta de lei complementar que estabelece critérios para as aposentadorias de trabalhadores que possuem atividades com potencial de risco de vida, como vigilantes armados, deve apresentada nesta segunda-feira (4) no Senado Federal.

Na mesma proposta, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) pretende definir as regras para eletricitários, trabalhadores com amianto e mineiros que estão expostos a agentes nocivos à saúde. Este é o último ponto a ser discutido acerca da reforma da Previdência antes que a promulgação do texto seja marcada.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,352% sendo cotado a R$ 3,9950.

Jader Lazarini

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