Dólar abre em queda atento à escalada da guerra comercial
O dólar abre em queda nesta quinta-feira (28) após atingir a máxima histórico por três dias seguidos. A escalada da guerra comercial, após novas informações, segue no radar.
Por volta das 9h19, o dólar registrava uma queda de 0,096% sendo negociado a R$ 4,2538. O mercado está atento às movimentações do Banco Central (BC), interferindo no sistema financeiro nacional.
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Além disso, os investidores estão de olho no desenrolar dos julgamentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última quarta-feira (27), a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu sobre o caso do sítio de Atibaia.
Guerra comercial
O mandatário norte-americano, Donald Trump, assinou na última quarta-feira (27), um projeto de lei que expressa o apoio dos Estados Unidos aos manifestantes de Hong Kong. A medida vai contra as relações com a China e complicará os esforços para o fim da guerra comercial com Pequim.
A Casa Branca informou em comunicado que Trump assinou a legislação que pode impactar na disputa, a legislação S.1838, que exige revisões anuais do status comercial especial de Hong Kong sob a lei norte-americana.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse que os EUA têm “intenções sinistras” e sua “conspiração” está “fadada ao fracasso”, em relação à promulgação dessa lei pelo Congresso.
Banco Central
Na última quarta-feira (27), o Banco Central (BC) limitou os juros do cheque especial para 8% ao mês. A medida entrará em vigor no dia 6 de janeiro de 2020. O BC informou que a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) busca tornar a modalidade “menos agressiva e mais eficiente”.
Roberto Campos Neto, presidente do BC, respondeu às críticas à medida. Segundo ele, diferentemente do que ocorre hoje, os bancos poderão estabelecer tarifas para oferecer o limite dessa modalidade de crédito.
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“Se fosse tabelamento, não tinha tarifa. Os bancos vão poder cobrar tarifa proporcional para quem usa o produto. Se fosse tabelamento, era só colocar limite de juros”, disse o executivo ao jornal “O Estado de S.Paulo”.
Além disso, a autoridade monetária pretende realizar nesta sexta, entre às 09h45 e 9h52, uma oferta líquida de até US$ 1 bilhão em moeda à vista, com o intuito de proporcionar maior previsibilidade ao dólar, em meio à alta valorização da moeda nas últimas semanas.
TRF4
O 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu, na última quarta-feira (27), de forma unânime, por confirmar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio no município de Atibaia, interior de São Paulo.
Além disso, os desembargadores presentes estabeleceram um aumento em sua pena, de 12 anos e 11 meses para 17 anos e 1 mês. Os crimes alegados são corrupção e lavagem de dinheiro. Eles atenderam à solicitação do Ministério Público Federal (MPF), que alegava o agravante de Lula ter praticado crimes enquanto era presidente.
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Os advogados do ex-presidente ainda podem apresentar embargos de declaração ao tribunal, uma espécie de recurso que não prevê mudança no resultado do julgamento. Existe a possibilidade de encaminhar recursos para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em alta de 0,44% sendo cotado a R$ 4,2586.