O dólar opera em baixa na manhã desta quarta-feira (28), acompanhando a desvalorização da divisa estadunidense no exterior frente a pares emergentes do real. A alta do rendimento das Treasuries também são um indicativo de maior procura por risco e fraqueza da moeda.
As taxas T-Note 10 anos atingiram o patamar de 1,2711%, de aproximadamente 1,23% na véspera, com uma menor busca por proteção. Menor fluxo em direção aos Estados Unidos resulta em um dólar mais fraco.
Os investidores repercutem balanços e aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) às 15h, e a entrevista de Jerome Powell, às 15h30.
Na agenda doméstica, novos sinais de inflação pressionada vêm do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação e registrou alta de 1,31% em junho, segundo o IBGE. A taxa de maio foi revista de 1,00% para elevação de 0,99%.
Com o resultado de maio, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 19,11% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 36,1%. Ambas as variações acumuladas, tanto no ano até junho quanto em 12 meses, são as maiores já registradas na série histórica do IPP, iniciada em 2014, informou o IBGE.
Dólar cai com sentimento positivo no exterior, mesmo com dúvidas sobre estímulos
No exterior, os juros dos Treasuries firmaram alta mais cedo, com a ponta longa nas máximas do dia, em meio à melhora no sentimento de risco dos mercados. Investidores ajustam o portfólio antes da decisão de política monetária BC estadunidense.
A expectativa de analistas é de que a instituição apresente novos sinais sobre a retirada de estímulos, o chamado tapering, embora não esteja claro se será estabelecido um cronograma para o processo.
O preço do minério de ferro negociado em Qingdao, na China, fechou em leve alta de 0,05% nesta quarta-feira, a US$ 202,68 a tonelada, informou um operador.
O barril de petróleo sustenta ganho moderado. Às 11h24 desta quarta, o dólar à vista caía 0,85%, para R$ 5,140.
(Com informações do Estadão Conteúdo)