O dólar encerrou em queda, nesta segunda-feira (28), após Alberto Fernandez, da chapa da ex-presidente Cristina Kirchner, vencer as eleições da Argentina.
A moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 4 pela primeira vez desde o dia 15 de agosto. O dólar encerrou em queda de 0,436%, vendido a R$ 3,9919.
O otimismo do mercado ainda reflete a aprovação da reforma da Previdência no Senado, que ocorreu na última terça-feira (22).
O relatório divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o investimento estrangeiro direto (IED) global também contribuiu para a queda da moeda estadunidense ante o real.
Além disso, o aumento da previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Boletim Focus movimentou o mercado.
Eleições na Argentina
O candidato da chapa da ex-presidente da Cristina Kirchner, Alberto Fernandez, foi eleito presidente da Argentina no último domingo (27).
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Dessa forma, o candidato à reeleição e atual presidente, Mauricio Macri, saiu derrotado com apenas 40,57% dos votos, de um total de 93,55% das urnas apuradas.
Com o resultado, a esquerda voltará ao poder no país, sem precisar de uma votação em segundo turno. Na sequência dos votos, apareciam os candidatos Roberto Lavagna, da chapa ‘Consenso Federal’, com 6,17% dos votos e Nicolás Del Caño, do partido ‘Frente de Izquierda y de Trabajadores’, com 2,14% dos votos.
Fluxo global de investimento estrangeiro
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi o quarto país a receber mais investimento estrangeiro direto (IED) entre janeiro e junho.
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O fluxo global de investimento estrangeiro registrou queda de 20% no primeiro semestre deste ano ante o último semestre de 2018. No primeiro semestre, o IED somou US$ 572 bilhões.
Os cinco países que mais receberam investimentos estrangeiros foram os Estados Unidos, a China, a França, o Brasil e a Índia. Em contrapartida, o Japão, os EUA e a Alemanha foram os países que mais investiram.
Previsão para o PIB
Os especialistas entrevistados pelo Banco Central (BC), no Boletim Focus, aumentaram para 0,91% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Este é o segundo aumento consecutivo.
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Ademais, os economistas, depois de 11 semanas seguidas de cortes, agora aguardam uma inflação maior. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,26% para 3,29%.
Os analistas mantiveram a mesma expectativa da semana passada para a Selic em 2019. Segundo o Boletim, a taxa básica de juros deve terminar o ano em 4,50%.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na sexta-feira (25), o dólar encerrou em queda de 0,87%, sendo cotada em R$ 4,0094.