Dólar tem alta de 1,2%, negociado a R$ 5,63, puxado pela CPI da Covid
O dólar dispara na manhã desta sexta-feira depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou que o Senado Federal abra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia da covid-19, após o Brasil bater novamente a trágica marca de 4 mil mortes pelo coronavírus.
Por volta das 10h40, o dólar subia a 1,20%, negociado a R$ 5,63. O objetivo do STF é investigar a responsabilidade do governo federal na pandemia. Em entrevista à CNN Brasil, o presidente Jair Bolsonaro disse que “não há dúvida de que há uma interferência do Supremo em todos os Poderes”.
Por sua vez, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que vai cumprir a decisão de Barroso, mas manteve sua posição contrária à instalação da CPI durante a pandemia. Ontem o Brasil registrou 4.190 mortes por covid, o segundo pior dia na pandemia, totalizando 345.287 vítimas desde o início.
“A determinação do Luís Roberto Barroso veio após o segundo dia seguido com registro de mais de 4 mil mortes pela covid-19 no país com os governadores temendo a falta de vacinas para a aplicação da segunda dose”, analisou o banco de câmbio, Travelex Bank.
No cenário econômico, os investidores acompanham os dados da inflação em março deste ano.
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de março foi de 0,93%, depois de ter avançado 0,86% em fevereiro. Esse é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando foi registrada inflação de 1,32%.
Na análise do CEO e planejador financeiro da K1 Capital Humano, Vitor Noronha, o aumento da inflação deve fazer com que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa básica de juros (Selic) para 3,5%.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (8), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,23%, negociado a R$ 5,57.