Dólar encerra em queda de 1,79%, cotado em R$ 5,104
O dólar encerrou nesta quinta-feira (19) em baixa de 1,799%, negociado a R$ 5,1041 na venda. Esta é a maior queda diária da moeda norte-americana desde o dia 8 de outubro de 2018, quando a variação negativa foi de 2,35%.
Os investidores acompanharam o acordo entre o Banco Central (BC) e o Federal Reserve (Fed) para proporcionar liquidez de dólares. Além disso, as seguintes notícias movimentaram o mercado nesta quinta:
- Coronavírus: Câmara aprova decreto de calamidade pública;
- PIB: bancos norte-americanos estimam contratação da economia brasileira;
- Banco Central Europeu anuncia pacote de 750 bi contra coronavírus.
Acordo entre BC e Fed
O Banco Central (BC) do Brasil está entre as instituições monetárias centrais de todo o mundo que fecharam um acordo temporário com o Federal Reserve (Fed) para dar liquidez de dólares.
Saiba mais: Banco Central fecha acordo com Fed para proporcionar liquidez de dólares
A medida anunciada pelo banco central dos Estados Unidos será feita por meio de linhas de swap.
“Esses mecanismos são projetados para ajudar a diminuir as tensões nos mercados globais de financiamento em dólares, mitigando os efeitos dessas tensões no fornecimento de crédito para famílias e empresas, tanto no mercado interno quanto no exterior”, informa o Banco Central estadunidense.
Câmara aprova decreto de calamidade pública
A Câmara dos Deputados aprovou o decreto de reconhecimento de calamidade pública enviado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. O intuito é colaborar com o combate ao avanço do coronavírus.
Saiba mais: Coronavírus: Câmara aprova decreto de calamidade pública
A proposta, que seguirá para o Senado Federal, caso seja aprovada em definitivo, permitirá que o poder Executivo realize mais gastos públicos, sobretudo na área da saúde, onde demanda mais custos no enfrentamento ao coronavírus, e descumpra a meta fiscal estabelecida para 2020.
O texto é o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 88/20, que também estipula uma comissão mista composta por seis deputados e seis senadores, com o mesmo número de suplentes, para acompanhar os gatos e as medidas colocadas em prática pelo governo federal no combate à pandemia.
Contração do PIB brasileiro
Diversas instituições financeiras internacionais recentemente revisaram suas estimativas sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. O banco norte-americano Bank of America (BofA) cortou a previsão de crescimento de 1,5% para a retração de 0,5%.
Saiba mais: PIB: bancos norte-americanos estimam contratação da economia brasileira
Para o banco, o PIB brasileiro irá sofrer os impactos causados pelo coronavírus na economia doméstica. Além disso, para o BofA, a economia global crescerá 0,50% neste ano.
“As notícias sobre a Covid-19 desencadearam uma onda de revisões, com economistas e estrategistas diminuindo repetidamente suas previsões. Agora, esperamos que a doença cause uma recessão global em 2020, de magnitude semelhante às recessões de 1982 e 2009”, informa o BofA em relatório.
Medidas do BCE contra o coronavírus
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou um pacote de 750 bilhões de euros (cerca de R$ 4,1 trilhões) para contrastar os efeitos econômicos da epidemia de coronavírus.
Saiba mais: Banco Central Europeu anuncia pacote de 750 bi contra coronavírus
O BCE tinha sido criticado nas últimas semanas por falta de ação contra a epidemia do vírus, que está atingido intensamente as economias da Zona do Euro.
Em particular a opinião pública europeia e muitos líderes políticos atacaram a atuação da atual presidente, a francesa Christine Lagarde. Em uma entrevista na semana passada, Lagarde tinha fornecido respostas pouco claras sobre a atuação do BCE na crise.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (18), o dólar encerrou o pregão em alta de 3,902%, cotado a R$ 5,1976 na venda.