O dólar encerrou em queda de -1,242% nesta quinta-feira (15) com a redução das tensões na Argentina. A moeda norte-americana fechou o pregão negociada a R$ 3,9903 na venda.
No início do dia, por volta das 9h10, o dólar já operava em queda de -0,614% cotado em R$ 4,015. A cotação máxima foi de R$ 4,0388 às 15h. A mínima foi de R$ 3,9851 por volta das 16h10.
As medidas tomadas pelo governo da Argentina e a diminuição das tensões após as eleições prévias acalmaram o mercado. Além disso, as declarações do ministro Paulo Guedes sobre os resultados das eleições no país vizinho também animaram os investidores.
No cenário interno, a diminuição do desemprego contribuiu para o recuo do dólar ante o real.
Tentativa de estabilizar o câmbio na Argentina
O Banco Central (BC) da Argentina adotou uma medida para estabilizar o câmbio no país.
A estratégia foi motivada pela desaceleração econômica da Argentina após os resultados das eleições prévias. Agora, os dólares futuros dos bancos do país serão limitados a um teto de 5% em relação ao ano anterior.
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O BC estabelecerá um valor máximo de moeda estrangeira que os bancos poderão ter em dinheiro.
Dessa forma, as instituições financeiras deverão que vender parte dos dólares que possuem. A expectativa do governo é de que a venda aumente a oferta de câmbio no mercado argentino.
Paulo Guedes diz que Brasil não depende da Argentina
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o crescimento econômico do Brasil não depende da Argentina.
“Desde quando a gente precisa da Argentina para crescer? Temos nossa dinâmica de crescimento própria e nossos esforços são para recuperar isso”, declarou o ministro.
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O ministro ressaltou que embora as exportações do setor automobilístico brasileiro ocorrerem majoritariamente para Argentina, um possível fechamento do mercado do país não afetará o Brasil.
Além disso, Guedes afirmou que a cotação do dólar voltará para a casa dos R$ 3 com a tranquilização no cenário argentino.
Queda no desemprego
O desemprego caiu em 10 das 27 unidades da federação no período de abril a junho deste ano, em comparação no trimestre anterior deste ano.
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A taxa de desemprego média no País foi retraída para 12% no segundo trimestre, frente a 12,7% nos primeiros três meses do ano.
Conforme a pesquisa do IBGE, as maiores variações negativas em relação ao primeiro trimestre foram no Acre (-4,4 p.p), Amapá (-3,3 p.p) e Rondônia (-2,2 p.p). Já os números aumentaram em Roraima (3,7 p.p) e Distrito Federal (1,5 p.p).
Última cotação do dólar
Na última sessão, na quarta-feira (14), o dólar encerrou com uma alta de 1,855%, sendo negociado a R$ 4,040.