Dólar registra terceira queda consecutiva e fecha em R$ 5,56
O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (18) em queda de 0,30%, negociado a R$ 5,569.
O dólar permaneceu em queda nesta tarde, com o foco ainda na decisão monetária do Banco Central do Brasil (BC) em elevar a taxa básica de juros (Selic) de 2%, mínima histórica, para 2,75%.
Além de elevar a taxa, o Conselho de Política Monetária (Copom) ainda sinalizou que um novo aumento de 0,75 ponto percentual pode acontecer na próxima reunião. Ademais, o Federal Reserve (Fed) não alterou sua taxa e manteve entre 0% e 0,25%.
Para Carlos Lopes, economista do Banco BV, “o Real começou o dia com uma boa apreciação por resultado do Copom de ontem. Uma decisão que surpreendeu o mercado de forma positiva. Contudo, ao longo do dia de hoje o otimismo foi diminuindo, com o mercado fechando quase que no zero a zero”.
Com isso, confira as notícias importantes do dia:
- Selic: Copom ficou sem saída ao ver inflação e dólar altos, dizem economistas
- 770 mil pessoas solicitaram auxílio de desemprego nos EUA na última semana
- Guedes diz que economia tem como prioridade agenda de crescimento verde
Selic
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de elevar a Selic em 0,75 ponto surpreendeu a maior parte dos analistas, que esperavam um aumento menor da Selic.
Na visão de economistas ouvidos pelo Estadão, no entanto, a medida demonstra a preocupação do BC em lidar com a alta de preços e do dólar e era inevitável – embora haja divergências sobre a velocidade desse aumento.
Para José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), e ex-diretor do BC, apesar de a entidade entender que os choques recentes na economia são temporários, eles estão em uma dimensão relevante, e o quadro para a inflação se tornou preocupante. “Quando se olha o comportamento dos preços ao produtor, a alta é substancial.”
Desemprego nos EUA
Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos avançaram 45 mil na semana encerrada em 13 de março, a 770 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira (18) pelo Departamento do Trabalho do país.
O resultado semanal do auxílio-desemprego contrariou expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal e do Investing.com, que previam uma queda a 700 mil solicitações. O total de pedidos da semana anterior foi revisado ainda para cima em 13 mil, chegando a 725 mil.
O número de pedidos continuados apresentou redução de 18 mil na semana encerrada em 6 de março, ficando em 4,124 milhões. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.
Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou nesta quinta-feira (18) que a agenda de desenvolvimento da Amazônia é prioridade para o Brasil e reforçou que, para além das reformas estruturais, a equipe econômica se esforça por uma agenda de crescimento verde para o País.
“É preciso pensar a Amazônia como um lugar de oportunidades de desenvolvimento e não como uma abstração. A floresta é um patrimônio que deve ser cuidado para gerações futuras”, disse Guedes, na 61ª Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O ministério informou ainda que a participação do economista foi gravada na última terça-feira (16). No painel “Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica”, o ministro destacou que o BID e os demais países da região acolheram a proposta brasileira para a criação de um fundo com recursos para iniciativas sustentáveis na região.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,59% negociado a R$ 5,586.