Dólar fecha em queda de 0,74%, negociado a R$ 5,02 após Copom
O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (17) em queda de 0,74%, negociado a R$ 5,02
Nesta tarde, o dólar chegou a ser negociado por menos de R$ 5, e apesar de ter subido para R$ 5,02, fechou em seu menor patamar em pouco mais de um ano, com as decisões do Brasil ofuscando o cenário exterior.
De acordo com Marcus Araújo, economista e sócio da Valor Investimentos, a semana foi “superaquecida”. Com revisões positivas do PIB para 2021 e a chamada ‘Super Quarta’, com decisões importantes no Brasil e nos Estados Unidos.
O Federal Reserve (Fed) manteve, na última quarta-feira (16), a taxa de juros referencial dos Estados Unidos no intervalo entre 0% e 0,25%.
A decisão pela manutenção da taxa de juros foi unânime entre os integrantes do Federal Open Market Committee (Fomc). A reunião, ainda, mostrou que a autoridade monetária central norte-americana prevê um aumento da taxa de juros até o fim de 2023, antes do que o Fed previa anteriormente.
Os investidores aguardavam o encontro dos líderes da política monetária norte-americana. Os últimos meses foram marcados pela intensa recuperação econômica, impulsionada pela vacinação no país.
Com isso, a inflação também acompanhou o movimento altista e tem superado as expectativas do mercado. O Fed tem a meta de inflação de 2% ao longo dos próximos anos. Para o fim de 2021, porém, a projeção é de 3,4%.
No Brasil, por sua vez, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (16) elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, chegando a 4,25% ao ano.
A decisão da alta da Selic foi tomada pelo Copom em unanimidade.
A alta da Selic está em linha com as previsões do mercado, após a alta da inflação dos últimos meses.
No acumulado de 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) (8,06%) já superou o teto da meta estipulado pelo governo, de 5,25%.
O IGP-M – índice de preços dos alimentos, muito utilizado para reajustes de contratos de aluguéis – registra uma alta acumulada de 37,04%.
Nas últimas publicações, o Banco Central tem utilizado a expressão “normalização parcial dos juros”, que basicamente é o aumento da taxa de juros com certo grau de estímulo econômico.
“Neste momento, o cenário básico do Copom indica ser apropriada a normalização da taxa de juros para patamar considerado neutro”, informou o Copom no comunicado que acompanhou a alta da Selic.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (17), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,34%, negociado a R$ 5,06.