Dólar recua 1,01% no pregão e fecha negociado a R$ 5,07
O dólar encerrou o pregão desta segunda-feira (14) em queda de 1,01%, negociado a R$ 5,071 na venda. Na última semana, a moeda acumulou uma alta de 1,47%.
Hoje, o dólar iniciou em queda com os investidores atentos às reuniões do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) e da instituição brasileira. Além da política monetária, o câmbio reflete positivamente a aceleração da vacinação no País.
O mercado está na expectativa da ‘Super Quarta’ — dia em que vai ser divulgado as decisões monetárias de ambos os bancos. As duas instituições estão pressionadas pelo avanço da inflação.
Notícias que movimentaram o dólar hoje
Além disso, confira outras notícias que ficaram no radar dos investidores durante o do dia:
- Dólar para 2021 passa de R$ 5,30 para R$ 5,18, projeta Focus
- Acordo do G7: Imposto para multinacionais pode trazer R$ 5,6 bi ao Brasil
- Auxílio emergencial será prorrogado por mais 3 meses, diz Guedes
Boletim Focus
O Relatório do Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (14), pelo Banco Central (BC), mostrou alteração no cenário para o dólar.
A mediana das expectativas para o câmbio no fim período foi de R$ 5,30 para R$ 5,18, ante R$ 5,30 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o dólar passou de R$ 5,30 para R$ 5,20, ante R$ 5,35 de quatro pesquisas atrás.
A projeção anual de câmbio publicada no Relatório Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro passado pelo Banco Central. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Acordo do G7
Depois de anos de impasse, o acordo histórico do G7 para tributar as empresas multinacionais com alíquota mínima de 15% pode forçar uma mudança no cenário da guerra fiscal entres os países e garantir ao Brasil um ganho de arrecadação de 900 milhões de euros (R$ 5,58 bilhões) ao ano. O cálculo foi divulgado em simulações feitas por pesquisadores do Observatório da Tributação da União Europeia (UE), um laboratório de investigação independente na área tributária com sede na Escola de Economia de Paris.
O estudo considera vários cenários para a implementação do imposto global. Pelas simulações, os Estados Unidos teriam uma arrecadação extra de 40,7 bilhões de euros e a União Europeia mais 48,3 bilhões de euros com o acordo do G7.
Se a alíquota subisse de 15% para 25%, a receita para a União Europeia seria de 168 bilhões de euros e os americanos ficariam com 166 bilhões de euros. Já o ganho para o Brasil subiria para 7,4 bilhões de euros (quase R$ 56 bilhões).
O governo brasileiro não fez ainda uma manifestação oficial sobre o acordo, referendado ontem pelos líderes dos países do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido). A posição oficial do Brasil deverá ser conhecida na próxima reunião do grupo de países do G20 (reúne as 20 maiores economias do mundo), quando o acordo será discutido.
Auxílio emergencial
O governo vai prorrogar o auxílio emergencial, conhecido como coronavoucher, aos mais vulneráveis por mais três meses, informou o ministro da Economia, Paulo Guedes nesta segunda-feira (14).
Com isso, a ajuda voltada aos mais vulneráveis durante a pandemia do coronavírus (covid-19) será estendida até outubro, nos mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance em termos de público. Hoje, o auxílio emergencial contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros.
Segundo Guedes, o Ministério da Saúde informou que toda a população adulta estará vacinada contra a covid-19 até outubro. Até que isso aconteça, o governo quer garantir a proteção dos vulneráveis, daí a necessidade de extensão do auxílio emergencial.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 1,12%, negociado a R$ 5,123 na venda.