Dólar encerra em queda de 0,37%, cotado em R$ 4,19

O dólar encerrou, nesta terça-feira (28), em queda de 0,373%, negociado a R$ 4,1944 na venda. Ao longo do dia, a cotação máxima da moeda norte-americana foi de R$ 4,2162, por volta das 13h20. A mínima foi de R$ 4,1903, às 9h49.

Os mercados globais seguem atentos ao aumento do número de casos de coronavírus. Confira quais foram as outras notícias que movimentaram o mercado e contribuíram para a queda do dólar nesta terça-feira:

  • Donald Trump pede novo corte de juros ao Federal Reserve (Fed);
  • Dívida pública deve variar entre R$ 4,5 tri e R$ 4,75 tri em 2020.

Impactos do coronavírus na economia

O analista-chefe do banco dinamarquês Danske Bank, Allan von Mehren, prevê que a disseminação do coronavírus prejudique o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China. Mehren estima um impacto negativo de aproximadamente um ponto percentual no avanço da economia.

De acordo com o analista, a expansão do PIB global também poderá ser afetada pelo coronavírus. Isso porque a economia da China impacta o crescimento econômico mundial de forma relevante.

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“Um impacto de cerca de 1 ponto percentual pode estar sobre a mesa. É provável que seja um efeito temporário e que seja compensado por um crescimento maior quando o vírus estiver sob controle”, afirmou Mehren.

Na última segunda-feira (27), a Organização Mundial da Saúde (OMS) modificou o nível de risco do coronavírus. Segundo a organização internacional, a epidemia é agora considerada de “elevado risco internacional”.

Trump pede novo corte de juros

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a pedir em suas redes sociais para que o Federal Reserve, banco central norte-americano, corte as taxas de juros. O pedido ocorreu na véspera da nova reunião de política monetária do banco.

“O Fed deveria ser esperto e cortar juros para tornar nossas taxas competitivas com outros países que pagam muito menos, mesmo que nós estejamos, de longe, no mais alto padrão. Desse jeito, focaríamos no pagamento e refinanciamento de dívidas! Quase não há inflação – e essa é a hora (com 2 anos de atraso)!”, escreveu o mandatário.

The Fed should get smart & lower the Rate to make our interest competitive with other Countries which pay much lower even though we are, by far, the high standard. We would then focus on paying off & refinancing debt! There is almost no inflation-this is the time (2 years late)!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 28 de janeiro de 2020

A declaração de Trump vai em contrapartida às expectativas do mercado. Os analistas esperam que a autoridade monetária mantenha os juros inalterados na próxima reunião.

Dívida pública brasileira

O Tesouro Nacional informou que a Dívida Pública Federal (DPF) deve variar entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões em 2020. Os valores fazem parte do Plano Anual de Financiamento (PAF).

Saiba mais: Dívida pública deve variar entre R$ 4,5 tri e R$ 4,75 tri em 2020

O Tesouro prevê que os papéis prefixados representem entre 27% a 31% da dívida pública total neste ano. Os papéis atrelados a índices de preços devem registrar uma participação entre 23% a 27%. Além disso, os títulos pós-fixados e os papéis ligados ao câmbio representarão cerca de 40% a 44% e 3% a 7%, respectivamente.

O Tesouro informou ainda que a dívida pública subiu 1,03% entre novembro e dezembro do ano passado, chegando a R$ 4,248 trilhões em 2019. O montante está dentro do previsto pelo PAF que estimava um valor entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira, o dólar encerrou em alta de 0,58%, cotado em R$ 4,21.

Giovanna Oliveira

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