Dólar encerra em queda de 0,09%, negociado a R$ 5,26
O dólar encerrou o pregão desta segunda-feira (17) em leve queda de 0,09%, negociado a R$ 5,266, retomando as baixas após ter acumulado ganho de 0,85% na última semana.
Apesar de fechar em queda, o dólar iniciou a semana em alta com o mercado internacional acompanhando os dados da produção industrial da China que veio abaixo do esperado.
A produção industrial cresceu 9,8% em abril sobre o ano anterior, em linha com as previsões mas abaixo do salto de 14,1% de março, mostraram nesta segunda-feira dados da Agência Nacional de Estatísticas.
Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, lembra que na semana passada, o mercado seguiu atento à inflação nos EUA. Hoje, o dólar teve um leve ajuste após a alta da última semana.
“É natural esse comportamento mais estressado, esse efeito manada em alguns dias específicos após notícias muito fortes como foi na semana passada”.
Além disso, veja outras notícias importantes do dia:
- Economia surpreende e eleva a revisão de projeções do PIB para este ano
- Dólar para 2021: Previsão recua de R$ 5,35 para R$ 5,30, calcula Focus
- Impacto da pandemia ocorreu de maneira desigual entre famílias dos EUA, diz Fed
PIB brasileiro
O recrudescimento da pandemia no início do ano afetou menos a atividade econômica do que o previsto inicialmente, provocando uma onda de revisões para cima nas projeções para o desempenho do produto interno bruto, o PIB brasileiro em 2021.
Elevaram suas estimativas para o PIB brasileiro, até então, as corretoras XP e Ativa, os bancos de investimento Credit Suisse, UBS, Bank of America e Goldman Sachs e as consultorias MB Associados e Parallaxis Economics, entre outros. Na média, as projeções de crescimento passaram de 3,2%, em abril, para 3,8% agora.
Segundo economistas, os indicadores do primeiro trimestre apontam que o isolamento social para conter a covid-19 não foi tão rígido quanto no início da crise sanitária, em 2020 – seja porque as medidas restritivas foram mais brandas seja porque as pessoas cumpriram menos as regras. Segundo epidemiologistas, o afrouxamento das medidas de proteção ajudaram a elevar o número de mortos pela pandemia para mais de 430 mil.
Boletim Focus
O Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC), mostrou alteração no cenário para o dólar em 2021. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do período foi de R$ 5,35 para R$ 5,30, ante R$ 5,40 de um mês atrás.
Para 2022, a projeção para o câmbio passou de R$ 5,40 para R$ 5,35, ante R$ 5,26 de quatro pesquisas atrás. A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano.
Economia dos EUA
O impacto da pandemia de coronavírus nas finanças de famílias dos Estados Unidos ocorreu de maneira desigual, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17) pelo Federal Reserve (Fed).
Segundo o levantamento do Fed, conduzido no quarto trimestre de 2020, cerca de 25% dos entrevistados disseram estar em situação econômica pior do que no ano anterior.
Os resultados, contudo, divergiram de acordo com o nível educacional dos participantes. Quase 90% dos adultos com graduação superior relataram estar minimamente confortáveis financeiramente no período.
Já entre aqueles com menos que um diploma escolar, essa incidência caiu para 45%. Menos de dois terços dos negros disseram estar pelo menos “OK” economicamente, comparado com 80% para brancos.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (7), o dólar encerrou em queda de 0,93%, a R$ 5,22.