Dólar fecha negociado a R$ 5,76, queda de 0,08%
O dólar encerrou o pregão desta terça-feira (30) em queda de 0,08%, negociado a R$ 5,762.
Apesar de uma véspera mais turbulenta no cenário doméstico com uma reforma ministerial, o dólar anotou queda nesta tarde.
As reformas remanejaram os militares e deram comando ao centrão. As trocas ocorreram devido a pressões feita por parlamentares do centrão em cima do governo de Bolsonaro. Na semana anterior, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, subiu o tom, declarando que poderia usar “remédios políticos” caso o governo não mudasse o rumo da condução da pandemia.
Além disso, os investidores acompanharam o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantindo que em abril 90% dos adultos norte-americanos estarão aptos a tomar vacina.
Para Carlos Lopes, economista do banco BV, hoje o dia foi de pressão sobre as moedas emergentes no geral. “Com o dólar ganhando força contra quase todas elas”.
“O Real termina o dia muito próximo do zero a zero. De maneira geral, os ativos brasileiros vêm refletindo uma crise de desconfiança, principalmente relacionado à questão fiscal, mas hoje, o Real teve um dia um pouco melhor”.
Além disso, confira outras notícias importantes do dia:
- IGP-M sobe 2,94% em março, após 2,53% em fevereiro, aponta FGV
- Com vacinação e estímulos, presidente do Fed se declara otimista com economia
- BC vê 1º semestre um pouco pior que projeções de mercado, diz Campos Neto
- Economia surpreendeu pela resiliência mostrada na retirada do auxílio, diz BC
- Caged: Brasil abre 401 mil vagas de trabalho formal em fevereiro
IGP-M
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 2,94% em março, ante a alta de 2,53% no mês passado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (30).
O índice, usado no reajuste de contratos de aluguel em todo o país, acumula alta de 8,26%no ano e de 31,10% nos últimos 12 meses. Em março do ano passado, o IGP-M havia registrado alta de 1,24%.
Fed
O presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, afirmou nesta terça-feira (30) estar “otimista sobre a economia no geral”, com vacinação e estímulos fiscais, e acrescentou que os Estados Unidos devem ter uma recuperação forte.
Questionado acerca do panorama para pequenos negócios, o dirigente avaliou que a imunização contra a covid-19 tende a proporcionar o retorno dos clientes, e que a injeção fiscal no país tem potencial de impulsionar o consumo. As declarações foram feitas em evento sobre resiliência de pequenas companhias na pandemia.
Campos Neto
Após mais um recorde de criação de vagas de trabalho com carteira assinada em fevereiro, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reforçou que o mercado formal já tem se recuperado, mas levantou dúvidas sobre a velocidade de recuperação do mercado de trabalho informal.
“Dá para afirmar que setor formal recuperou forte. Já sobre o setor informal, há divergências de entendimento dentro do Comitê de Política Monetária (Copom). Alguns diretores acreditam que o setor informal vai ganhar tração impulsionado pela recuperação do setor formal, mas eu estou entre aqueles que acham que o setor informal vai demorar um pouco mais a se recuperar”, disse Campos Neto.
Banco Central
Ao falar da previsão da autarquia de crescimento de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (30) que a economia brasileira surpreendeu pela resiliência mostrada na retirada do auxílio emergencial no início de 2021.
“Esperávamos retração mais forte em janeiro e fevereiro com fim de auxilio, mas os números de janeiro e fevereiro vieram fortes (…) Fomos surpreendidos com uma economia mais resiliente mesmo com a retirada parcial do auxílio emergencial”, comentou Campos Neto ao participar do Encontro Daycoval – Perspectivas Econômicas e de Investimentos para o Brasil 2021.
Caged
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o mercado de trabalho formal brasileiro voltou a surpreender em fevereiro, com um saldo positivo de 401.639 carteiras assinadas, após a criação recorde de 258.141 vagas em janeiro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (30) pelo Ministério da Economia.
O resultado do mês passado decorreu de 1,694 milhão de admissões e 1,292 milhão de demissões. Esse foi o melhor resultado para o mês na série histórica, iniciada em 1992. Até então o melhor resultado para fevereiro havia sido em 2011, quando foram criadas 280.799 mil vagas no segundo mês do ano. Em fevereiro de 2020, houve a abertura de 225.648 postos com carteira assinada.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (29), o dólar encerrou em alta de 0,43%, negociado a R$ 5,76.