O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (10) em leve queda de 0,07%, negociado a R$ 5,066.
Apesar da inflação dos Estados Unidos mostrar um salto maior do que o esperado, o dólar caiu hoje com os investidores atentos à próxima reunião de política monetária do Banco Central do Brasil.
A inflação norte-americana teve alta de 0,6% em maio, acima do consenso de 0,4% e da leitura anterior de 0,8%.
Além disso, veja outras notícias importantes do dia:
- Inflação nos Estados Unidos chega a 5% em 12 meses, maior desde 2008
- Itaú (ITUB4) revisa projeção do PIB de 5% para 5,5% e vê “cenário mais benigno em 2021”
- Zona do euro: ‘Inflação não nos preocupa’, diz Lagarde
Inflação nos EUA
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos atingiu 0,6% em maio em comparação a abril, segundo informações do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (10). A inflação acumula 5% na base anual, a maior desde 2008, quando o país passava pela crise do subprime.
A expectativa era de alta de 0,4% na comparação com abril e de 4,7% frente maio de 2020, segundo dados compilados pela Refinitiv. O núcleo do indicador da inflação, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,7% na comparação mensal de maio, também superando a mediana das projeções, de acréscimo de 0,5%.
A alta nos preços reflete a sólida demanda dos consumidores, impulsionada pela ampla vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19), reabertura comercial, trilhões de dólares nas medidas de alívio à pandemia e ampla economia doméstica.
PIB do Brasil
O Itaú Unibanco (ITUB4) revisou nesta quinta-feira (10) sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021. De acordo com o banco, a estimativa passou para um crescimento de 5,5% contra 5,0% da previsão anterior.
“A vacinação tem avançado e deve permitir uma volta à normalidade econômica ainda neste ano. O principal risco a considerar é o surgimento de variantes do vírus que afetem a eficácia das vacinas aqui aplicadas”, disse o Itaú em relatório sobre a economia do País.
O banco explica ainda que a revisão ocorreu incorporando o resultado acima do esperado no primeiro trimestre deste ano.
Inflação na zona do euro
A inflação na zona do euro deve subir mais no segundo semestre deste ano e então cair conforme fatores temporários perderem força, informou a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde nesta quinta-feira (10).
De acordo com Lagarde, a inflação na zona do euro subiu a 2% em maio deste ano em função do aumento nos preços da energia no ritmo mais forte desde o final de 2018. O resultado foi acima da meta do Banco central Europeu de “abaixo mas perto de 2%”.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (9), o dólar encerrou em alta de 0,69%, negociado a R$ 5,09.