O dólar fechou está terça-feira (8) com mais uma queda. Desta vez, a moeda recuou -0,503%, sendo cotada a R$ 3,7155 na venda.
O dólar operou em baixa durante todo o dia e registrou sua quarta queda no ano. A máxima da moeda norte-americana foi na abertura do pregão, onde estava cotada a R$ 3,7343. Durante a tarde, a moeda despencou e atingiu a mínima de R$ 3,7093.
O Banco Central (BC), realizou o leilão de 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional. O swap equivale a venda futura de dólares.
Com isso, foram rolados US$ 3,350 bilhões de um total de US$ 13,398 bilhões, com vencimento em fevereiro.
Caso mantenha a oferta, o Banco Central fará a rolagem integral até o final de janeiro.
Cenário Interno
Reunião ministerial: a reunião ministerial teve início às 9h no Palácio do Planalto. Estavam presentes todos os integrantes do Conselho de Governo (ministros de Estado e o vice-presidente Hamilton Mourão), além do presidente Jair Bolsonaro.
Mesmo com três horas de duração, após a reunião não foi anunciada nenhuma nova medida por parte do governo.
BNDES: conforme o discurso do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, a nova gestão do banco dará foco para fortalecer as empresas de médio porte.
De acordo com Levy, essas empresas possuem potencial para alavancar a economia do país. Além disso, podem reaquecer o mercado de trabalho.
Saiba mais: BNDES fortalecerá empresas de médio porte, afirmou Joaquim Levy
Reforma da Previdência
O ministério da Economia está estudando uma regra de transição entre 10 e 12 anos para a reforma da Previdência. Desta forma, a proposta teria uma regra de transição bem menor que os 21 anos previstos pelo governo de Michel Temer.
Além disso, após a reunião ministerial, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, reforçou que a proposta da reforma previdenciária deve ser “viável”, para que ser aceita.
Saiba mais: Governo estuda reforma da Previdência com transação menor
Cenário Externo
Juros EUA: o mercado segue analisando as movimentações em relação aos juros norte-americanos. Entretanto, os investidores estão atentos aos sinais da inflação, já que a alta dos juros tende a acontecer em um ambiente onde a inflação esteja em alta.
Nesta terça-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano). De acordo com o presidente, em declaração pelo Twitter, se o banco acabasse com os juros a economia seria impulsionada
Saiba mais: Trump critica novamente o BC dos EUA por elevação dos juros
Negociação comercial: os investidores também estão atentos ao encontro entre representantes da China e dos EUA. O objetivo da reunião é alinhar um acordo que acabe com a guerra comercial entre os países.
Gigantes em queda
Após anúncio da Apple sobre a perda de US$ 72,4 bilhões na última semana, as gigantes tecnológicas Samsung e LG Electronics, estimam um recuo no lucro do quarto trimestre de 2019.
De acordo com a Samsung, uma queda de 29% é estimada para o período entre outubro e dezembro deste ano. Além disso, a sul-coreana informou que os lucros do primeiro trimestre de 2019 serão afetados também.
Entretanto, o motivo da queda está relacionado a menor procura por chips de memória. A empresa afirma que a demanda mais fraca do que o esperado nas centrais de processamento de dados, reduziu o preço dos chips e isso afetou os lucros da empresa.
Além da Samsung, a LG Electronics também estimou uma queda para o último trimestre de 2019. De acordo com a empresa, o lucro operacional provavelmente apresentará um recuo de 80% entre outubro e dezembro deste ano.
A empresa ainda não detalhou quais são as operações que serão realizadas no período, mas um balanço financeiro deve ser apresentado até o final de janeiro.
Última cotação
No último pregão, que aconteceu na segunda-feira (7) o dólar teve alta de +0,528% e foi cotado a R$ 3,7343 na venda.