Dólar abre em leve alta, cotado a R$ 5,39 na venda
O dólar abre em alta nesta quinta-feira (30), atento ao resultado negativo do PIB dos EUA, após mais de seis anos de constante crescimento.
Por volta das 9h30, o dólar variava positivamente 0,711% sendo negociado R$ 5,3949. O mercado também está de olho na contração da economia da zona do euro, fortemente impactada pela pandemia do novo coronavírus.
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Além disso, segue no radar dos investidores o aumento do desemprego em razão dos efeitos da pandemia no mercado de trabalho.
PIB norte-americano
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 4,8% no primeiro trimestre deste ano, em sua primeira leitura. A informação foi divulgada pelo Departamento de Comércio norte-americano na última quarta-feira (29).
Esse é o pior resultado do PIB estadunidense desde a crise financeira mundial de 2008, em razão do forte impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na maior economia do planeta.
As projeções do PIB divulgadas nesta quarta-feira, no entanto, são preliminares e com dados incompletos, sobretudo em relação à atividade econômica de março. Economistas esperam que a divulgação oficial, que ocorrerá em meados deste ano, mostrem uma queda ainda maior da atividade econômica nos EUA.
O próprio Banco Central dos Estados Unidos já aponta para uma recessão do país, embora o conceito técnico desse termo necessidade de um recuo do PIB em dois trimestres seguidos. Esta também foi a primeira retração da economia norte-americana desde a queda de 1,1% no primeiro trimestre de 2014.
Economia da zona do euro
Já o PIB da zona do euro caiu 3,8% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2019. Segundo informou a agência de estatísticas Eurostat nesta quinta-feira, esse é a pior retração da economia da Europa em relação a um trimestre anterior desde 1995.
O PIB da zona do euro está sendo fortemente impactada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Especialistas ouvidos pela plataforma financeira FactSet esperavam uma queda menor, de 3%. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a economia da zona do euro caiu 3,3%.
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Além disso, a Euroestat também disse que o desemprego do bloco subiu para 7,4% no último mês, ante 7,3% em fevereiro. Há um ano, a taxa era de 6,6%. A inflação, por sua vez, caiu 0,4% neste mês após ter subido 0,7% em março.
“Os dados indicam que o PIB da zona do euro já está se contraindo a uma taxa anualizada que se aproxima de 10%, com o pior inevitavelmente chegando em um futuro próximo”, afirmou Chris Williamson, economista-chefe de negócios da IHS Markit, no início deste mês.
Aumento do desemprego
A taxa de desemprego do Brasil ficou em 12,2% no primeiro trimestre móvel de 2020, chegando a 12,9 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período de 2019, o volume é 0,5 ponto percentual menor.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O resultado equivale um crescimento de 1,3% em comparação com o último trimestre do ano passado, quando a taxa de desemprego estava em 11%. Desse modo, o número de pessoas desempregadas aumentou em 1,2 milhão em 3 meses, devido aos impactos do coronavírus.
A população empregada somou 92,2 milhões, um recuo de 2,5% em relação ao trimestre anterior, ou seja, 2,3 milhões de pessoas a menos com seus empregos. Em comparação ao mesmo período de 2019, a taxa se manteve estável.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em queda de 2,936%, cotado a R$ 5,3552 na venda.