O dólar abriu a semana em forte alta. Os mercados estão de olho na guerra de preços do petróleo entre a OPEP e a Rússia. No mercado futuro asiático, a cotação do barril chegou a cair 31%.
Por volta das 9h12 desta segunda-feira (9), o dólar variava positivamente a 3,50%, negociado a R$ 4,7880 na venda. Os investidores seguem de olho nas atualizações sobre o coronavírus (Covid-19), principal ameaça ao crescimento econômico global neste ano.
Além disso, o Banco Central (BC) realizará um novo leilão da moeda norte-americana para, ao menos, tentar conter a desvalorização do real.
Petróleo
Devido ao insucesso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia sobre o volume de produção da commodity, os preços do barril Brent chegaram a cair 31% no mercado futuro asiático do último domingo (8). Essa é a maior queda diária desde a Guerra do Golfo, ocorrida entre 1990 e 1991.
Na última sexta-feira (6), as más notícias sobre as negociações entre os países da OPEP e a Rússia (grupo chamado de OPEP+), chegaram a derrubar o petróleo na maior queda diária em 11 anos. Por volta das 6h45 desta segunda-feira (9), o petróleo Brent era negociado a US$ 36,62, uma queda de 19,11%.
Devido à disseminação do coronavírus (Covid-19), a demanda por petróleo tem caído ao longo de 2020. Num cenário de queda no consumo da commodity, a Arábia Saudita, que detêm a maior e mais eficiente produção do mundo, tentam tirar participação de mercado de alguns países, como a Rússia.
O temor pela instabilidade nas relações entre os países exportadores de petróleo fez com que as bolsas de valores da Arábia Saudita e dos demais países do Golfo despencassem na abertura do mercado no último domingo.
Além disso, por volta das 8h45 desta segunda-feira (9), o ETF iShares MSCI Brazil, mais conhecido como EWZ, que replica a bolsa brasileira em Nova York, apresentava uma queda de 9,40% na pré-abertura do mercado.
Covid-19
O coronavírus, epidemia oriunda na província de Hubei, na China, já vitimou mais de 3,12 mil pessoas no gigante asiático. Além disso, as infecções totais ultrapassam 80,90 mil casos.
Na Itália, país europeu mais atingido pela doença, 25% da população está em quarentena. Museus, escolas e pontos turísticos estão fechados. Até o último domingo, as autoridades italianas haviam confirmado 7,37 mil casos da epidemia, com 366 mortes. A região mais atingida é da Lombardia, ao norte do país.
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A Alemanha confirmou, nesta segunda-feira, novos 150 casos do coronavírus, elevando para 1,12 mil o número de pessoas afetadas. O ponto mais crítico está na região Renânia do Norte-Vestfália, na frenteira com a Holanda e a Bélgica.
Na Coreia do Sul, o segundo país mais atingido pela doença, já são mais de 7,47 mil casos confirmados. Apenas no último domingo, foram registrados 248 novos casos. Ao todo, no país, já morreram 51 pessoas.
No Brasil, foram confirmados 25 casos. Três novos pacientes foram contabilizados pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Alagoas, segundo o Ministério da Saúde no último domingo.
Banco Central
O Banco Central (BC) anunciou que faria, nesta segunda-feira, um leilão à vista de US$ 3 bilhões, retirando o anúncio de venda de até US$ 1 bilhão feito na última sexta-feira (6).
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Bruno Serra, diretor de política monetária da autoridade monetária central do país, indicou que as intervenções cambiais do Banco Central podem durar o tempo que for necessário. Além disso, afirmou que não tem preconceito ou preferência por uso de nenhum dos instrumentos à sua disposição.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,357%, cotado a R$ 4,6344 na venda.