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Dólar opera em alta de 0,5% e é negociado a R$ 4,75

Dólar sobe a R$ 5,17, em meio a queda no exterior, deflação do IPCA e ata do Copom

Dólar sobe a R$ 5,17, em meio a queda no exterior, deflação do IPCA e ata do Copom. Foto: Pixabay

O dólar opera entre perdas e ganhos no mercado à vista nesta quarta-feira (1º).

Às 10h50 desta quarta-feira, o preço do dólar à vista apresentava alta de 0,50%, a R$ 4,75. O dólar futuro para julho tinha uma alta de 0,06%, a R$ 4,776.

Um apetite por risco moderado no exterior em meio a reabertura de Xangai, na China, e alta do petróleo ajudaram na queda do dólar hoje no mercado à vista na abertura, em meio à perda de força da divisa dos Estados Unidos ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities pares do real no exterior nesta manhã. Mas agora a moeda reverteu a queda e apresenta alta.

O minério de ferro caiu 0,18% em Qingdao, na China, cotado a US$ 135,91 a tonelada. O índice DXY do dólar ante seis divisas principais segue em alta, com investidores de olho na inflação, alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e Banco Central Europeu (BCE) e os riscos à desaceleração da atividade econômica nos EUA e Europa.

Além disso, os investidores estão digerindo declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto feitas nesta manhã em evento do BIS. Após reafirmar ontem que o fim do ciclo de aperto da Selic está no fim, destacando a valorização do câmbio à casa de R$ 4,75 e a melhora do quadro fiscal, Campos Neto declarou hoje que “a inflação está voltando a subir e com preocupações climáticas há risco de sairmos do nosso mandato”. “É melhor o risco de fazer mais e sair um pouco do nosso mandato”, afirmou.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC sinalizou em seu comunicado do último encontro que é “provável” nova alta da Selic na próxima reunião, em junho, em ritmo menor do que o movimento feito em maio. No começo do mês passado, o Copom elevou a Selic em 1,00 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano.

Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) mostrou desaceleração a 0,50% no fechamento de maio, após 1,08% em abril, mas avançou em relação à taxa da terceira quadrissemana, de 0,44%. O indicador acumulou inflação de 10,28% nos 12 meses até maio, menor que o avanço de 10,61% no período até abril. O resultado mensal veio em linha com a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, cujas estimativas iam de 0,37% a 0,60%. A taxa em 12 meses ficou acima da expectativa intermediária, de 10,23%, mas dentro do intervalo, de 10,17% a 10,39%.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 2,9 pontos em maio ante abril, para 97,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador aumentou 2,1 pontos no mês.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse hoje acreditar que o país já atingiu a condição de “pleno emprego”, uma das duas metas a serem atingidas pela política monetária do Federal Reserve (Fed). No entanto, a inflação está alta demais, destacou, em entrevista à emissora americana CNBC, o que também pode ter impactado na movimentação do dólar.

Última cotação do dólar

Nesta terça-feira (31), o dólar fechou em queda de 0,44%, a 4,775 reais na venda, registrando sua primeira queda semanal.

Com informações Estadão Conteúdo

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