O dólar encerrou o pregão desta sexta-feira (12) em uma queda de 2,18% na semana, aos R$ 5,560. Contudo, em relação ao pregão anterior, a moeda fechou em alta de 0,31%
A semana foi de forte volatilidade para a divisa norte-americana frente ao real, conduzida por tensões políticas e risco fiscal amenizado pela PEC Emergencial. Alta das Treasuries, no entanto, dão impulso à moeda.
Dados macroeconômicos mundiais também ficam no radar do mercado, trazendo informações sobre vendas no varejo no Brasil, produção industrial na zona do euro e sentimento de consumidores nos Estados Unidos.
Na segunda semana do mês de março, o dólar acumulou uma queda na semana com os acontecimentos no exterior e no Brasil. As cotações foram:
- Segunda-feira (8): A moeda registrou uma alta de 1,67%, a R$ 5,77 após após Fachin anular condenações de Lula
- Terça-feira (9): O dólar subiu 0,33%, a R$ 5,79
- Quarta-feira (10): A moeda teve queda de 2,49% e fechou a R$ 5,65 com a aprovação da Câmara sobre a PEC Emergencial em primeiro turno
- Quinta-feira (11): O Dólar caiu 1,94% no pregão, negociado a R$ 5,54 com anúncio de que Biden assinou pacote fiscal ‘histórico’ de US$ 1,9 trilhão
Além disso, segundo a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, o dólar permaneceu hoje pressionado por conta da crise sanitária e também pela grande aversão ao risco dos investidores estrangeiros diante da situação no Brasil.
“Tem uma perspectiva de menor crescimento econômico somado ao risco fiscal e de inflação. Esse cenário não mudou. Contudo o governo anunciou nesta tarde que comprará vacina de outros dois laboratórios para serem distribuídas no Brasil. Com isso, o mercado mostrou um certo alívio, porém a nossa moeda permaneceu em patamar bastante elevado”.
Com isso, confira outras notícias importantes do dia:
- Nos EUA, índice PPI sobe 0,5% em fevereiro ante janeiro; núcleo avança 0,2%
- EUA dizem que governo trabalhará para que medidas sejam fiscalmente sustentáveis
- Órgão regulador chinês multa empresas de internet por violação de leis antitruste
Índice PPI nos Estados Unidos
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,5% em fevereiro ante janeiro, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho americano. O resultado veio em linha com a previsão dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Já o núcleo do PPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,2% na comparação mensal de fevereiro. Neste caso, a projeção era de aumento um pouco maior, de 0,3%.
Na comparação anual, o PPI teve alta de 2,8% em fevereiro, a maior desde outubro de 2018, enquanto o núcleo do índice avançou 2,2%, a maior variação desde maio de 2019.
Economia dos Estados Unidos
A secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, garantiu nesta sexta-feira que o governo trabalhará com o Congresso para que todas as suas medidas de apoio à economia durante a pandemia sejam “fiscalmente sustentáveis”. Em entrevista à CNBC, a democrata afirmou que, apesar disso, as despesas atuais são necessárias para fazer frente aos efeitos do coronavírus.
Raimondo comemorou a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão em estímulos à atividade econômica, que foi sancionado pelo presidente norte-americano, Joe Biden, na quinta-feira.
Segundo ela, um dos principais focos será assegurar a recuperação do setor de turismo, um dos mais duramente atingidos pela crise.
Órgão regulador chinês multa empresas de internet por violação de leis antitruste
O órgão regulador de mercado da China, equivalente à CVM brasileira, multou algumas das maiores empresas de internet chinesas, incluindo a Tencent e a Baidu, por acordos que violaram leis antitruste do país.
A SAMR, como é conhecido o regulador chinês, impôs multas individuais de 500 mil yuans (US$ 76.995) a um total de 12 empresas.
As empresas punidas incluem também o TAL Education Group, subsidiária da Meituan, e uma unidade da ByteDance, controladora do TikTok, o popular aplicativo de vídeos curtos.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (11), o dólar encerrou em queda de 1,94%, negociado a R$ 5,5428 na venda.