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Dólar atinge patamar inédito de R$ 6; entenda motivos

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Dólar (USD) - Foto: iStock

Nesta quinta-feira (28), o dólar chegou aos R$ 6 pela primeira vez na história, alcançando R$ 6,0029 na máxima do dia.

A alta do dólar ocorre em meio a um anúncio de medidas fiscais por parte do governo, com o objetivo de ajustar a composição entre despesas obrigatórias e discricionárias e preservar as metas fiscais para 2025-26.

Em relatório, o Goldman Sachs afirma que o impacto dessas medidas parece atrasado em relação às necessidades econômicas atuais.

Principais Medidas Anunciadas

  1. Regra para o aumento do salário mínimo: Limitar o aumento real a no máximo 2,5% e no mínimo 0,6%, alinhado às regras do novo arcabouço fiscal.
  2. Controle de salários do setor público: Implementação de um teto para salários.
  3. Revisão de benefícios sociais: Regras mais rígidas para acesso e elegibilidade.
  4. Mudanças nas pensões das Forças Armadas: Introdução de uma idade mínima para aposentadoria e outras alterações para economias moderadas.
  5. Restrições para benefícios fiscais: Proibição de criação ou extensão de isenções tributárias em caso de déficits fiscais primários.

Alterações no Imposto de Renda

Os analistas do Goldman Sachs afirmam que o pacote fiscal deve gerar economias “modestas” de R$ 70 bilhões em 2025-26 (cerca de 0,25% do PIB ao ano).

A casa destaca que as medidas não incluem cortes de despesas, mas tentam desacelerar o crescimento das despesas obrigatórias, evitando um aperto excessivo nas discricionárias que poderia comprometer o atual regime fiscal.

Segundo os analistas, as principais críticas ao pacote são:

Assim, o Goldman Sachs considera o pacote fiscal é insuficiente e desalinhado com as necessidades macroeconômicas do país.

Para estabilizar a dívida e conter riscos inflacionários, a casa afirma que seriam necessárias metas fiscais mais ambiciosas, com superávit primário de pelo menos 0,5-1,0% do PIB, além de maior urgência na execução das medidas.

Diante desse cenário, o dólar avança nesta quarta-feira, subindo 0,81 a R$ 5,9855 por volta das 15h50.

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