O dólar chegou a ser negociado na casa dos R$ 5,13 e dos R$ 5,19 na manhã desta sexta-feira (03). Mas a moeda devolveu ganhos e perdas e opera próxima da estabilidade nesta tarde.
Investidores digerem o relatório de emprego dos Estados Unidos, payroll, que veio abaixo das expectativas e indica uma freada na recuperação do setor no país. Motivo que levou a cotação do dólar a cair frente outras moedas emergentes, além do real.
O Departamento do Trabalho norte-americano informou que foram criadas 235 mil vagas de trabalho pela economia do país em agosto, muito abaixo da expectativa de 750 mil novos empregos.
Instantes após a divulgação dos números, o dólar foi à mínima do dia de R$ 5,1320 na venda contra a divisa brasileira, queda de 0,98%. Mas a desvalorização intensa durou pouco, e às 11h35, o dólar recuava 0,05%, a 5,1805 reais na venda.
No exterior, o índice DXY reduzia suas perdas a 0,15%, a 92,089, depois de tocar uma mínima em 1 mês de 91,941 na esteira dos dados de emprego.
Feriados no radar
O gerente de câmbio da corretora Ourinvest, Mauriciano Cavalcante, acredita que o dólar pode buscar pelo menos os R$ 5,20 nesta sexta. Isso porque os investidores devem passar o fim de semana “comprados em câmbio“.
Na segunda-feira (6) será feriado pelo Dia do Trabalho nos Estados Unidos e, na terça-feira, feriado no Brasil pelo Dia da Independência.
“Permanece muita cautela com a questão fiscal e grande expectativa sobre o desfecho das manifestações pró-governo Bolsonaro na terça-feira, 7 de setembro”, afirma a Cavalcante.
Com os feriados no radar, o gerente acredita que o impacto dos números baixos do payroll irá passar e o mercado ajustará as posições defensivas até o final das operações.
Às 15h30, o dólar comercial à vista subia 0,11%, valendo R$ 5,189 frente ao real.
Cotação do dólar no dia anterior
O dólar encerrou as negociações de quinta-feira (02) em leve queda de 0,03%, frente ao real, valendo R$ 5,183 na venda.
Com informações de Estadão Conteúdo.