Depois da divulgação da alta de 1,3% do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos em junho, a cotação do dólar, que estava em alta, reverteu para queda, ampliada para 1,15%, a R$ 5.404, por volta das 12h36.
A taxa de inflação no varejo ficou acima da mediana das estimativas, que apontavam alta de 1,1% no período, o que reforça os temores de uma política monetária mais dura nos Estados Unidos.
As taxas haviam iniciado o dia em baixa, sob a expectativa pela divulgação do CPI, mas ainda influenciadas pela alta abaixo do esperado nas vendas do varejo brasileiras em maio. O cenário se inverteu com o anúncio do CPI, impactando no preço do dólar.
Às 9h56 desta quarta, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2024 tinha taxa de 13,78%, ante 13,70% do ajuste de ontem. O DI para janeiro e 2025 projetava 13,10%, contra 13,04%. Na ponta longa, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 12,95%, ante 12,91%.
Nos Estados Unidos, os juros dos Treasuries estão nas máximas do dia e o DXY, índice que mede a variação do dólar ante seis moedas fortes, inverteu a tendência de baixa e passou a subir 0,43%. A taxa de câmbio também subia pela manhã ante o real e a maioria das divisas de países emergentes e exportadores de commodities.
No Brasil, estão no radar dos investidores do dólar hoje as vendas do comércio varejista, que subiram 0,1% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou mais cedo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio menor do que a mediana positiva de 0,9% das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast (intervalo de queda de 0,8% a alta de 1,7%).
Na comparação com maio de 2021, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 0,2% em maio, ante mediana positiva de 2,3% esperada pelo mercado. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento 1,8% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve recuo de 0,4%%.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,2% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal.
O resultado ficou colado ao piso das expectativas, de 0,1% (teto de 3,8% e mediana de 1,7%). Na comparação com maio de 2021, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 0,7% em maio de 2022, ficando igual ao piso das projeções. O teto indicava alta de 4,7%, com mediana positiva de 2,5%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 1,0% no ano e aumento de 0,3% em 12 meses.
Última cotação do dólar
O dólar encerrou a sessão de ontem (12) em alta de 1,07%, a R$ 5,467, registrando a segunda alta diária seguida.
Com informações de Estadão Conteúdo