Dólar opera em alta de 1,5% com megainvestigação sobre os grandes bancos
Com bolsas internacionais em terreno negativo devido a megainvestigação sobre os grandes bancos mundiais, o dólar inicia a semana em forte alta de 1,5%.
Por volta das 9h30, nesta segunda-feira (21), o dólar operava em alta de 1,575%, sendo negociado a R$ 5,4604. Dessa forma, a moeda estadunidense permanece subindo, conforme foi observado na última sexta-feira (18), quando encerrou o pregão com uma valorização de 2,76%.
No último domingo (20), o site “Buzzfeed” divulgou documentos vazados, chamados de FinCEN files, que incluíam mais de 2.100 relatórios de pagamentos ilícitos processados por grandes instituições, incluindo HSBC, Deutsche Bank, JPMorgan Chase e Barclays.
Os FinCEN files revelam como ocorreu a lavagem de dinheiro por meio de alguns dos maiores bancos do mundo e como os criminosos usaram empresas britânicas anônimas para esconder seu dinheiro.
Esses documentos vazados foram submetidos à Rede de Investigação de Crimes Financeiros dos EUA entre 2000 e 2017 e cobrem transações no valor de cerca de US$ 2 trilhões (cerca de R$ 10,9 trilhões).
O FinCEN declarou que o vazamento pode afetar a segurança nacional dos EUA, arriscar as investigações e ainda ameaçar a segurança daqueles que fazem os relatórios.
Com essa notícia, as ações dos bancos registravam forte baixa, como os papéis do HSBC que caía 6,09% na bolsa de Londres, nesta segunda, por volta das 7h. Dessa forma, as bolsas globais apresentam quedas expressiva em seus indicadores.
- Nova York (S&P 500): -1,88%
- Nova York (Dow Jones): -0,68%
- Nova York (Nasdaq): -1,85%
- Frankfurt (DAX 30): -2,86%
- Reino Unido (FTSE 100): -3,27%
- Paris (CAC 40): -2,88%
- Itália (FTSE MIB): -3,17%
- Xangai (SSEC): +2,86%
- Hong Kong (Hang Seng): -2,06%
Além da investigação das grandes instituições financeiras, o novo coronavírus (covid-19) permanece no radar do mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, na última sexta, que o vírus está matando cerca de 50 mil pessoas por semana. Assim, a covid-19 “não está indo embora”.
“Há muito trabalho a ser feito para evitar eventos de amplificação e diminuir a transmissão desta epidemia. Assim como proteger a abertura de escolas e os mais vulneráveis em nossa sociedade”, disse o executivo de programas de emergências de saúde da OMS, Mike Ryan.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (18), o dólar encerrou em alta de 2,76%, negociado a R$ 5,3767.