O dólar opera em alta nesta quinta-feira (23) após a autorização do presidente Jair Bolsonaro sobre o acordo de compras da OMC.
Por volta das 9h20, o dólar apresentava uma alta de 0,271%, sendo negociado a R$ 4,1852. O mercado está de olho na publicação do IBGE sobre o IPCA-15 de janeiro.
Além disso, os investidores ainda estão apreensivos com os desdobramentos do vírus originado na China e que já está em outros países.
Acordo da OMC
O presidente Jair Bolsonaro informou nesta quinta-feira, por meio de sua conta pessoal do Twitter, que autorizou o início da adesão do Brasil ao Acordo de Compras Públicas da Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Em respeito ao dinheiro do pagador de imposto, buscaremos licitações mais transparentes e com ampla concorrência internacional, abrindo ainda um mercado de USD 1,7 trilhão/ano para empresas brasileiras”, escreveu o mandatário.
– Autorizei o início da acessão do Brasil ao Acordo de Compras Públicas da OMC. Em respeito ao dinheiro do pagador de imposto, buscaremos licitações mais transparentes e com ampla concorrência internacional, abrindo ainda um mercado de USD 1,7 trilhão/ano p/ empresas brasileiras.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 23, 2020
O ministro da Economia Paulo Guedes disse à jornalistas, na última terça-feira (21), em Davos, que o acordo de compras governamentais “é um ataque frontal à corrupção“.
Segundo o discurso de Guedes em Davos, “o Brasil deve entrar no que chamam de Government Procurement Agreement (GPA). É o acordo pelo qual passamos a admitir agentes e empresas estrangeiras no País.”
“O Brasil está querendo entrar para a primeira divisão de melhores práticas e isso, realmente, é um ataque frontal à corrupção. O principal tema na campanha eleitoral do presidente Bolsonaro foi acabar com a corrupção, e nós sabemos que muito da corrupção foi permitida por coisas de governo, como empreiteiras e obras governamentais’, disse.
IPCA-15
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,71% em janeiro na comparação mensal, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro de 2019, a pesquisa apontou um aumento de preços de 1,05%.
Este é o maior resultado mensal desde 2016. Naquele mês, a pesquisa apontou uma alta de 0,92%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,34% (ante os 4,30% esperados pelos economistas), acima dos 3,91% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro do ano passado, a taxa foi de 0,30%.
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O grupo Alimentação e bebidas foi o destaque da divulgação desta quinta-feira, com uma queda de 2,59% em dezembro na base mensal para 1,83% em janeiro.
‘Coronavírus’
Os mercados permanecem atentos com o surto do “vírus de Wuhan”, orginado na China. O governo do país anunciou que o número de pessoas atingidas pela doença chegou a 571, matando 17 pessoas.
As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta quinta-feira (23), de forma mais acentuada em Xangai e Hong Kong, às vésperas do feriado do Ano Novo Lunar chinês. Os mercados chineses ficarão fechados por uma semana a partir da próxima sexta-feira (24).
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Segundo o banco norte-americano Goldman Sachs, por conta do vírus que está infestando a China, maior consumidor mundial de petróleo, o preço do barril da commodity terá um impacto negativo de US$ 3 dólares.
“Traduzindo o impacto estimado do SARS sobre a demanda em volumes de 2020 apontaria para um choque negativo potencial de 260.000 barris por dia na demanda global por petróleo”, informou o Goldman em nota na última terça.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em queda de 0,72% cotado a R$ 4,1757.