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Dólar renova máxima histórica de fechamento; veja motivos

Dólar

Dólar. Foto: iStock

O dólar renovou sua máxima histórica de fechamento nesta segunda-feira (02). A divisa norte-americana encerrou a sessão em alta de 1,11%, cotada a R$ 6,0680.

O dólar hoje (02) oscilou entre máxima de R$ 6,0919 e mínima de R$ 5,9959 e acabou por fechar a sessão acima dos R$ 6 pela segunda vez seguida.

O avanço observado nesta segunda-feira vai em linha com a trajetória altista observada ao longo da semana anterior, quando o governo brasileiro anunciou um pacote fiscal que não foi bem recebido pelo mercado, sobretudo pelo anúncio da isenção de Imposto de Renda para contribuintes que recebem até R$ 5 mil.

Além disso, o sentimento em relação ao câmbio se deteriorou ainda mais com a notícia de que o Executivo reduziu em R$ 1,7 bilhão o bloqueio no orçamento deste ano, o que aumenta a percepção de risco fiscal no país.

Além disso, também há fatores externos que impulsionam a alta do dólar. Isso porque Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, fez uma ameaça ao Brics, bloco econômico formado Brasil, Índia, China e África do Sul.

Em uma cúpula do grupo realizada na Rússia, os países-membro discutiram como impulsionar as transações em moedas diferentes do dólar, a fim de fortalecer as moedas locais.

Diante disso, Trump afirmou que vai impor uma tarifa de 100% aos países do grupo caso tentem substituir o dólar em suas transações comerciais.

“Exigimos compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda Brics, nem apoiarão nenhuma outra moeda para substituir o poderoso dólar americano ou enfrentarão tarifas de 100% e devem esperar dizer adeus à venda para a maravilhosa economia dos EUA. Eles podem encontrar outro otário!”, escreveu Trump na rede social Truth.

Assim, a divisa norte-americana acabou por se fortalecer não apenas ante o real, mas também em todo o mundo. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de moedas pares, subia 0,62% no final da tarde deste segunda.

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