Dólar fica mais ‘caro’ hoje, mas segue abaixo dos R$ 5; o que aconteceu?

O dólar se valorizou nesta segunda (17) e fechou o dia em alta de 0,66%, ao preço de R$ 4,95. A moeda segue abaixo dos R$ 5, mas esse crescimento ocorreu em um quadro de aumento na chance de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em maio, com os indicadores em foco.

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Além disso, declarações de dirigentes do Fed e de outros grandes bancos centrais pesaram na sessão de hoje, enquanto o rublo russo era foco entre as divisas ligadas a commodities, apoiado por eventuais controles no câmbio que podem ser impostos por autoridades locais, de acordo com a imprensa russa.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 131,42 ienes, o euro recuava a US$ 1,0929 e a libra tinha baixa a US$ 1,2378. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,54%, a 102,103 pontos.

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Alta do dólar hoje: o que aconteceu?

Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank, diz que essa semana começou um número bem quente na atividade econômica dos Estados Unidos, “o que quer dizer inflação, que consequentemente, quer dizer juros altos”.

“Hoje, para se ter uma ideia, os títulos de 3 meses do governo americano chegaram ao patamar de quase 5%, algo que não se via desde 2001, 2002. Assim, o que a gente pode perceber é que a preocupação com a inflação ainda é grande lá fora, e aqui, no cenário local, o relatório Focus aponta o IPCA mais alto em 2023 e 2024″, prossegue o especialista..

Então, essa projeção de inflação mais alta e atividade econômica mais aquecida lá fora fizeram com que o dólar se valorizasse e o juros tivessem uma leve alta aqui no Brasil. Esse foi o drive do mercado nessa segunda, que deve seguir ao longo da semana.

“Vejo que a curva da moeda tende a se ajustar no começo da semana, em função do desempenho da semana passada. Vale deixar no radar os desdobramentos da visita do presidente Lula à China, pois houve uma sinalização de aproximação mais forte junto ao país asiático, ao mesmo tempo em que aconteceram críticas aos EUA por parte do governo brasileiro”, complementa Marcelo Cursino, gerente de estratégia comercial do Braza Bank, ao analisar a alta do dólar hoje.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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