Dólar abre em alta com IPCA-15 e guerra comercial
O dólar abre em alta nesta sexta-feira (20) após a divulgação do IPCA-15 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por volta das 9h20, o dólar variava positivamente 0,118% sendo negociado a R$ 4,0658. O mercado está atento à possibilidade de assinatura do acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China.
Além disso, os investidores estão de olho na tentativa do governo argentino em estimular a economia do país, cortando a taxa de juros referencial.
IPCA-15
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, cresceu 1,05% em dezembro, frente a alta de 0,14 por cento em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sendo assim, o IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, fechou o ano de 2019 em 3,91%, acima dos 2,67% registrados nos 12 meses anteriores. Em dezembro do ano passado, a taxa inflacionária caiu 0,16%.
O IPCA-15 avalia os preços entre a metade de um mês e a metade do mês subsequente. No caso deste última divulgação, os preços englobados em dezembro foram os registrados apenas até o último domingo (15).
Guerra comercial
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou estar “confiante” de que a primeira fase do acordo da guerra comercial com a China será assinada no início de janeiro de 2020.
“(O acordo) Está passando pelo que eu consideraria uma revisão técnica e legal. Vamos liberar o documento e assiná-lo no início de janeiro”, declarou Mnuchin nesta quinta-feira (19) em entrevista à rede norte-americana “CNBC”.
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Quando perguntado sobre o compromisso dos chineses em elevar as compras de produtos dos EUA após o acordo da guerra comercial, o secretário salientou que: “O objetivo é reequilibrar a relação comercial. No caso de produtos agrícolas, as compras vão dobrar de valor e acredito que os chineses cumprirão esta promessa”.
Na mesma entrevista, o secretário negou qualquer chance do processo de impeachment do presidente dos EUA, Donald Trump, atrapalhe a agenda econômica e comercial de seu governo.
Argentina
O Banco Central da Argentina reduziu na última quinta-feira (19) sua taxa de juros básica de 63% para 58%. Essa é uma das maneiras do novo governo em tentar estimular o crescimento econômico no país.
“A taxa de juros de referência estava em um nível inadequado e potencialmente inconsistente com as perspectivas de evolução nominal das variáveis econômicas relevantes”, informou o BC da Argentina em comunicado.
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O país passa por uma elevada crise financeira que o novo mandatário, Alberto Fernández, pretende enfrentar fomentando a economia mas sem descuidar do equilíbrio fiscal, o que fomentaria a inflação que deve terminar este ano acima de 50%.
Os altos juros referencias eram a maneira como a gestão anterior da autoridade monetária do país, que deixou a entidade há 10 dias, tinha de lidar com o aumento dos preços, contendo o consumo.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em alta de 0,069% sendo cotado a R$ 4,0628.