O dólar inicia a semana em leve alta próximo a estabilidade com tensão entre as duas maiores economias do mundo, protestos dos EUA e a previsão de queda do PIB do Brasil.
Por volta das 9h20, nesta segunda-feira (1), o dólar operava a 0,118%, sendo negociado a R$ 5,3455. O mercado internacional está apreensivo com as tensões entre a China e os Estados Unidos.
Além disso, segue no radar do investidor os protestos no país norte-americano contra o racismo e a previsão de queda de 6,25% na economia brasileira.
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EUA e China
Os mercados acionários estão apreensivos acerca das tensões entre China e Estados Unidos. Segundo a “Bloomberg”, o gigante asiático informou a suas empresas, nesta segunda-feira, que interrompessem temporariamente as importações de alguns produtos agrícolas estadunidenses, incluindo soja. Tal decisão pode elevar o atrito entre os dois países, além de piorar as perspectivas para um acordo comercial.
“Se a China comprar menos soja, aumentará as chances de escalada com os EUA”, afirmou Seema Shah, estrategista-chefe da Principal Global Investors, ao jornal “The Wall Street Journal”.
Na última sexta-feira (29), o presidente norte-americano Donald Trump fez um discurso sobre a nova lei de segurança nacional da imposta em Hong Kong, mas, segundo analistas, o tom foi mais comedido do que o esperado.
O mandatário afirmou que a decisão de parar de tratar Hong Kong como uma cidade semi-autônoma afetaria apenas questões como acordos de extradição, comércio de determinados produtos de alta tecnologia e conselhos a viajantes dos EUA. No entanto, não foram anunciadas medidas específicas.
Protestos dos EUA
Além da pandemia do coronavírus, que causou o desemprego de aproximadamente 40 milhões de pessoas, os protestos contra o racismo estão no radar dos investidores.
Manifestantes voltaram às ruas nas principais dos EUA no último domingo, em mais um dia de protesto após a morte do ex-segurança George Floyd. Desde o início das manifestações ao menos cinco pessoas morreram.
Boletim Focus
Os responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, reduziram suas previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A estimativa divulgada nesta segunda é de -6,25% neste ano, ante 5,89% na semana anterior.
Essa é a 16ª semana consecutiva em que o Boletim Focus corta sua previsão para o PIB brasileiro. Na última sexta-feira (29), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a queda de 1,5% do PIB referente ao primeiro trimestre deste ano.
Saiba Mais: Boletim Focus prevê queda de 6,25% no PIB deste ano
Esse período foi parcialmente influenciado pela pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), uma vez que as medidas de isolamento social começaram a ser implementadas em meados de março. A divulgação do resultado do segundo trimestre será realizada em 1º de setembro. Esse período, segundo analistas ouvidos pelo SUNO Notícias, será mais impactado pela crise.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (30), o dólar encerrou em queda de 0,847%, cotado a R$ 5,3404.