Dólar está volátil em meio liquidez fraca por feriado nos EUA e após dados

O dólar passou a operar com viés de baixa na manhã desta segunda-feira (17), após abertura em alta no mercado à vista, a R$ 5,54 na máxima intradia, e de cair à mínima intradia a R$ 5,50. Os investidores ajustam posições cambiais, após o dólar acumular queda de 2,05% na semana passada e precificando dados de PIB e corte de juros na China, além de indicadores de inflação e atividade local.

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Às 10h30, o dólar hoje apresentava queda de 0,67%, a R$ 5,49, após mínima a R$ 5,50 (-0,16%) e máxima, a R$ 5,54 (+0,51%) na abertura dos negócios. O dólar futuro para fevereiro recuava 0,38%, a R$ 5,53, após oscilar de R$ 5,52 (-0,54%) a R$ 5,56.

A alta do IGP-10 de janeiro ficou acima da mediana do mercado, os economistas revisaram para cima o IPCA para 2022 e 2023 na Pesquisa Focus e o IBC-BR em novembro na margem veio no maior patamar desde agosto e também na comparação interanual com melhor resultado para o mês desde 2019.

O feriado nos Estados Unidos, que mantém os mercados fechados em Nova York, reduz a liquidez local e favorece a volatilidade dos preços.

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Em relação à atividade econômica, após quatro meses de queda, o IBC-BR subiu 0,69% em novembro, na série já livre de influências sazonais. Em outubro, o recuo havia sido de 0,28% (dado revisado hoje). De outubro para novembro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 137,13 pontos para 138,08 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde agosto (138,33 pontos).

O resultado veio praticamente em linha com a mediana das estimativas do mercado financeiro, positiva em 0,70%, na pesquisa Projeções Broadcast, e dentro do intervalo das previsões, que iam de queda de 0,30% a avanço de 1,00%.

Na comparação entre os meses de novembro de 2021 e de 2020, houve crescimento de 0,43% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 138,66 pontos no penúltimo mês do ano, o melhor desempenho para o período desde 2019 (138,86 pontos). Neste caso, o indicador também ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam de queda de 1,50% a aumento de 1,20%, mas abaixo da mediana de alta de 0,50%.

Mais cedo, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,79% em janeiro, após ter recuado 0,14% em dezembro, dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma alta entre 0,85% e 1,94%, e acima da mediana positiva de 1,55%.

Na Focus, após a divulgação do IPCA, o índice oficial de inflação, em 2021 (10,06%), a mediana apurada para o indicador de 2022 voltou a subir, aumentando a distância do teto da meta deste ano (5,0%). A estimativa avançou de 5,03% para 5,09%, de 5,03% há um mês. O objetivo a ser perseguido pelo Banco Central (BC) este ano é de 3,50%, com tolerância de 2,0% a 5,0%. Ou seja, o Boletim Focus segue indicando o segundo ano consecutivo de rompimento da meta.

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Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) teve expansão anual de 4% no quarto trimestre de 2021, um pouco maior do que se previa. O resultado, porém, mostrou forte desaceleração em relação ao ganho de 4,9% verificado no terceiro trimestre.

Com o arrefecimento econômico em meio a recorrentes surtos de covid-19 e a fraqueza do setor imobiliário, o banco central chinês – conhecido como PBoC – reduziu a taxa de empréstimos de médio prazo (MLF) de um ano de 2,95% para 2,85% e, a taxa de juros de contratos de recompra (repos) reversa de 7 dias, de 2,2% para 2,1%. Para a Capital Economics, novas reduções de juros virão no curto prazo e ao longo do primeiro semestre deste ano.

Além disso, a produção industrial da China avançou de 3,8% em novembro para 4,3% em dezembro, na comparação anual, superando a previsão de 3,6% dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal. Já as vendas no varejo, elemento-chave do consumo chinês, cresceram 1,7% em dezembro, também na comparação anual. O dado ficou abaixo tanto da expansão de 3,9% em novembro quanto da previsão do mercado, de 3,6%.

“Não obstante, as perspectivas para o crescimento futuro do gigante asiático permanecem desfavoráveis, com a crise creditícia do setor imobiliário e o avanço da variante Ômicron em meio à manutenção das políticas de tolerância zero com relação aos casos da doença”, informou o relatório da Guide.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (14), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,29%, negociado a R$ 5,51.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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