O dólar opera em alta frente ao real nesta quarta-feira (3), acompanhando o sinal de positivo predominante no exterior, mesmo após o fim da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.
A cotação do dólar opera em alta de 0,50%, a R$ 5,350, por volta das 11h30.
Ontem se observou um acirramento das tensões políticas entre China e Taiwan, que acabou interrompendo a trégua que foi vista nos últimos dias no mercado financeiro.
No entanto, bolsa de valores subiu mais de 1% nesse período, impulsionada pela valorização das commodities.
As perdas do valor do dólar ante euro e libra vistos nesta manhã diminuíram e o ganho frente o iene se ampliou, reagindo a novos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de St. Louis, James Bullard.
Ele defendeu hoje que os juros nos EUA atinjam patamar entre 3,75% e 4% ainda este ano, de 2,25% a 2,50% atualmente, sinalizando mais aperto monetário forte em 2022.
Ainda ontem, o preço dólar se fortaleceu globalmente e fechou com avanço de 1,94%, a R$ 5,2792 no mercado à vista, após outras dirigentes do Fed, como Mary Daly e Loretta Mester, reforçarem as avaliações de que o BC norte-americano pode elevar os juros em 75 pontos-base em setembro, embora elas não sejam majoritárias, impactando positivamente na taxa de câmbio.
A expectativa com o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai depois das 18h30, limita a movimentação nos juros e câmbio e impacta na movimentação do dólar nesta quarta-feira (3).
A aposta majoritária do mercado é a de que a Selic será elevada de 13,25% para 13,75% ao ano e cresce a corrente no mercado financeiro que espera que o ciclo continue em setembro, para buscar uma inflação “ao redor” do centro da meta (3,25%) em 2023.
Para economistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o BC deve ao menos deixar a porta aberta para um novo aperto da Selic diante do estouro das expectativas inflacionárias, das surpresas com a atividade econômica e do enfraquecimento do teto de gastos.
Com um aumento em setembro, a taxa chegaria ou ficaria bem próxima do seu último pico, de 14,25%, que durou de julho de 2015 a outubro de 2016.
Última cotação do dólar
O dólar encerrou a sessão de ontem (3) em alta 1,94%, cotado a R$ 5,2792, registrando sua terceira alta diária consecutiva.
(Com informações de Estadão Conteúdo)