Em clima de segunda, dólar salta 1,72%, acima dos R$ 5,50

Após duas sessões seguidas de desvalorização, o dólar voltou ao ritmo da última segunda-feira (22). A moeda saltou 1,72% ante ao real hoje, chegando a R$ 5,51 com o mercado de olho no cenário político e fiscal do Brasil.

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A divisa norte-americana retornou a um patamar acima dos R$ 5,50 em meio ao desenrolar da cena política e a temores quanto às contas públicas do País.

Ontem, o presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou ao Congresso Nacional a proposta de privatização dos Correios. No dia anterior, o mandatário já havia entregado uma medida provisória que abria caminho para a capitalização da Eletrobras (ELET3).

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Hoje, o senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator do texto, afirmou que a PEC que discute o retorno do auxílio emergencial será votada somente na na próxima terça-feira (2). Os investidores seguem atentos à proposta e aos impactos que ela poderá trazer à situação fiscal do Brasil.

Nesta quinta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, avaliou resultado fiscal do Governo Central voltou em janeiro ao nível pré-pandemia de covid-19. As contas do Governo Central voltaram a registrar superávit primário em janeiro, após 11 meses consecutivos de rombos causados pelos gastos de enfrentamento à pandemia de covid-19. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 43,219 bilhões.

Cenário externo

Nos Estados Unidos, o investidores continuam a jogar para cima as taxas do os títulos do tesouro (Treasuries). Hoje, a nota do Tesouro dos EUA de 10 anos quebrou a barreira de 1,45% pela primeira vez desde fevereiro de 2020.

O movimento afeta o dólar pois o avanço nas taxas dos títulos americanos reduz o apetite por risco em relação a moedas emergentes.

“Os agentes econômicos acreditam que ocorrerá uma pressão inflacionaria devido a forte recuperação econômica dos Estados Unidos (Durable Goods Orders bem acima do esperado hoje respalda essa expectativa), gerando uma alta excepcional dos treasuries de 10 anos”, explicou Mathias Fischer, cofundador do Meu Câmbio.

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“Internamente observamos o fly to quality, onde os agentes econômicos preferem alocação em ativos seguros (saindo de países emergentes e alocando em economias consolidadas) com o esperado ganho de prêmio nas treasuries”, complementou.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (24), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,39%, cotado a R$ 5,42.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Arthur Guimarães

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