O dólar permanece em queda nesta terça-feira (06) com os dados econômicos da China e dos Estados Unidos, principais economias do mundo, demonstrando ao investidor internacional uma retomada de crescimento econômico.
Por volta das 14h30, o dólar tinha queda de 0,85%, negociado a R$ 5,61. Ontem foi dia dos indicadores nacionais repercutirem os dados fortes de empregos dos EUA que ficaram acima do esperado pelo mercado. Hoje, foi a vez da China que apresentou recuperação do setor de serviços.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços subiu a 54,3 nível em março mais alto desde dezembro de 2020, de 51,5 em fevereiro, bem acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. O subíndice do emprego voltou ao campo positivo uma vez que as empresas contrataram mais trabalhadores do que dispensaram.
Portanto, a queda do dólar está relacionada a retomada econômica do exterior. No Brasil segue ainda como pauta o desdobramento sobre o Orçamento 2021.
“Por aqui, os investidores podem acompanhar a sinalização externa, até porque permanecem as incertezas em torno do Orçamento de 2021 – as expectativas são de que até que se chegue ao fim o prazo para a sanção presidencial, no dia 22/04, algum ajuste seja feito no texto, mas ainda assim as incertezas podem seguir justificando maior cautela por parte dos investidores”, analisou a economista-chefe da Consulenza, Helena Veronese.
A própria equipe econômica vê risco de o governo cometer crime de responsabilidade se a Lei Orçamentária for sancionada da forma como foi aprovado pelo Congresso. Fontes de membros do Ministério da Economia disseram ao jornal Folha de S.Paulo que formalizar o Orçamento no desenho atual poderia significar uma condenação pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (5), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,62%, negociado a R$ 5,698.