O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (27) com viés de baixa, diante da queda externa da moeda americana frente divisas principais, ao mesmo tempo que há sinais mistos em relação a moedas emergentes e ligadas a commodities. Também são monitorados a queda dos rendimentos dos Treasuries curtos e relativa estabilidade nos longos. A expectativa é que o Federal Reserve (Fed) já tenha concluído seu ciclo de alta de juros.
Há previsões por forte agenda na semana, com dados do PIB dos EUA, inflação medida pelo PCE e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell.
Entre as commodities, os contratos futuros de petróleo recuam cerca de 1%, com o Brent a US$ 79,68 por barril às 9h21. O minério de ferro, por sua vez, fechou em alta de 0,36% em Dalian, na China, cotado a US$ 137,12 por tonelada.
A agenda doméstica deve concentrar boa parte das atenções na semana também, com IPCA-15 de novembro, nesta terça-feira (28). Hoje, o foco fica na arrecadação federal de outubro (10h30) e na sessão extraordinária virtual para julgar a ação que trata da regra de pagamento dos precatórios (desde a 00h até às 23h59). Também nesta segunda sai o relatório mensal da dívida pública de outubro (14h30).
Pagamento de precatórios e veto à desoneração
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem apontado a importância de o processo dos precatórios ser julgado ainda neste mês pela Corte. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, explicou na semana passada que, caso o STF consiga finalizar a análise da ação até o fim de novembro, seria possível quitar ainda neste ano um estoque de precatórios de cerca de R$ 95 bilhões calculado pela pasta – no caso de a Corte seguir o entendimento atual do governo. A ação no Supremo questiona a constitucionalidade de uma emenda aprovada em 2021 que alterou a sistemática de pagamento dessas dívidas.
E lideranças partidárias da Câmara não descartam incluir o veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento de 17 setores na pauta da sessão conjunta do Congresso prevista para esta semana. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o resto da cúpula da Casa têm reclamado do descumprimento de acordos por parte do governo federal.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirma que o sentimento é de justiça tributária quando se fala na desoneração da folha e que não tomou conhecimento do teor da proposta alternativa que será apresentada pelo ministro da Fazenda. “Se for apresentada, sentaremos e vamos avaliar a substituição. O importante é que seja até 31 de dezembro”, afirmou o senador. O veto à desoneração da folha deve reduzir a competitividade e a geração de empregos, afirma a Firjan.
Às 9h45 desta segunda, o dólar à vista tinha viés de baixa de 0,02%, a R$ 4,8975. O dólar para dezembro exibia queda de 0,02%, a R$ 4,8980.
Com informações do Estadão Conteúdo