Dólar tem leva alta de 0,166%, de olho no exterior e na reunião do Copom

O dólar americano fechou a sessão desta terça-feira (8) em alta de 0,166%, cotado a R$ 5,1285 na venda, com os investidores focados nas tensões internacionais e na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

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O dólar hoje deu uma pausa no movimento de quedas observado nos últimos dias, com os investidores de olho nas tensões entre os Estados Unidos e a China e nas negociações do Reino Unido junto à União Europeia (UE) envolvendo o Brexit.

Por aqui, a atenção ficou voltada ao aumento do índice de inflação no país, divulgada mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assim como à reunião do Copom, cuja primeira parte teve início nesta terça-feira. A segunda e última parte acontecerão na próxima quarta-feira, quando deverão ser comunicadas as decisões do colegiado.

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Com isso, vejas as notícias que mais afetaram a cotação do dólar hoje.

  • IPCA sobe 0,89%, maior para novembro desde 2015
  • Copom deve manter Selic a 2% ao ano
  • Hiperinflação é algo muito improvável, dizem especialistas

Inflação sobe 0,89%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,89% em novembro, após ter avançado 0,86% em outubro. Essa é a maior variação para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA foi de 1,01%.

No ano, a inflação acumulou alta de 3,13%. O acumulado dos últimos 12 meses é de 4,31%, acima dos 3,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Trata-se da primeira vez que o IPCA fica acima do centro da meta do governo para 2020, que é de 4%.

Copom deve manter Selic a 2% ao ano

A expectativa que predomina no mercado é de que o Copom mantenha a taxa básica de juros (Selic) novamente em 2% ao ano, nível mais baixo da história.

Esta é a visão dos bancos BTG Pactual (BPAC11), Credit Suisse, Golman Sachs, UBS, Santander Brasil (SANB11) e Itaú Unibanco (ITUB4). Até o momento, não houve uma mudança de cenário que justifique um aumento na taxa de juros, embora o Banco Central deva destacar que se mantém vigilante sobre deterioração fiscal do país.

Segundo os especialistas das instituições financeiras consultadas pela SUNO Notícias, ainda estão presentes as condições para a manutenção do forward guidance.

Hiperinflação é muito improvável

Enquanto a inflação continua a subir, alguns observadores ficam atentos a sinal de alerta sobre o estado da economia brasileira. Muitos já começam a falar em riscos para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.

De acordo com especialistas consultados pelo SUNO Notícias, a leitura é exagerada e um risco muito baixo da volta da hiperinflação.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (4), o dólar encerrou em queda de 0,302%, negociado a R$ 5,1246 na venda.

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Arthur Guimarães

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