O dólar voltou a cair na sessão desta terça-feira (23), recuando 0,215%, a R$ 5,4422, com o arrefecimento da aversão ao risco após um dia turbulento no mercado brasileiro.
Sinais vindos tanto do exterior quanto do âmbito doméstico ajudaram o dólar hoje a devolver parte dos ganhos obtidos no pregão passado, em um movimento de correção abastecido pela melhora da percepção de risco do País.
Na visão de Carlos Lopes, economista do banco BV, “apesar dos ruídos, não enxergamos uma mudança substancial em relação à política econômica”
Um driver importante que continua em pauta é a PEC que prevê o retorno do auxílio emergencial. Segundo o especialista, “o texto parece ser bom”, mas ainda deve sofrer alterações no meio do caminho. A proposta deve ser votada ainda nesta semana e continua a ser um dos principais temas para a avaliação da fragilidade econômica do Brasil.
Quanto à crise envolvendo a Petrobras (PETR4), o mercado segue atento à reunião do conselho de administração da petroleira cujo objetivo é analisar o pedido do governo federal de realização de Assembleia Geral Extraordinária para discutir os próximos passos da companhia, após o presidente Jair Bolsonaro indicar o general da reserva Joaquim Silva e Luna, para ocupar o cargo de presidente da estatal.
Já no exterior, o foco esteve na fala do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que voltou a advogar pela manutenção da política expansionista.
De acordo com Lopes, nos Estados Unidos, começa a preocupar o aumento da inflação enquanto seguem as medidas de alívio para combater a crise no país.
O chairman do BC norte-americano disse que “a tendência é de que serão mantidas as expectativas de inflação bem ancoradas como ocorre há 25 anos”.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (22), o dólar encerrou com alta de 1,27%, negociado a R$ 5,4539.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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