Dólar cai 1%, a R$ 5,137, com ajustes de ganho na sessão anterior
O dólar ajusta-se em baixa ante o real, após oscilar nos primeiros negócios. O mercado de câmbio apara posições, após alta de mais de 1% do dólar ante o real ontem, na contramão da desvalorização no exterior.
Mas a cotação do dólar já teve ajuste de alta leve no segmento à vista mais cedo, puxado pela recuperação hoje ante pares principais e divisas emergentes lá fora. O DXY avançava 0,44%, a 105,55 pontos há pouco.
Por volta das 11h00, o preço do dólar tem queda de 1,01%, a R$ 5,137.
No Brasil, a taxa de desemprego teve um recuo estatisticamente significativo em 22 das 27 unidades da Federação na passagem do primeiro trimestre de 2022 para o segundo trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), algo que também está no radar dos investidores do dólar hoje.
Nas demais cinco regiões também houve redução, mas a variação ficou dentro da margem de erro da pesquisa.
Lá fora, o valor do dólar ampliou ganhos ante seis pares principais (DXY) com a notícia de que grandes empresas chinesas pediram a retirada voluntária de seus ADRs da New York Stock Exchange (NYSE).
Há também incerteza sobre a trajetória dos juros nos EUA, apesar de seus recentes dados de inflação terem vindo abaixo do esperado, reforçando apostas em moderação do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em setembro. Mas, vários dirigentes do Fed têm apresentado discurso duro de combate à inflação.
Para combater pressões inflacionárias nos EUA, o Fed já elevou juros quatro vezes este ano, incluindo duas altas de 75 pontos-base, o triplo de seu ritmo normal de ajuste. Os juros dos Fed funds estão na faixa de 2,25% a 2,5% ao ano, o maior patamar desde dezembro de 2018.
Os juros futuros voltam a cair nesta sexta-feira de agenda mais fraca, após uma correção de alta ontem, em sintonia com a movimentação do dólar à vista e dos juros dos Treasuries.
No radar estão o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que palestra no evento “O Futuro da Regulamentação dos Criptoativos no Brasil”, na capital federal, no período da manhã, e as expectativas de inflação para a economia americana em 12 meses pela Universidade de Michigan.
Às 9h25, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 caía para 11,73%, de 11,78% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2025 cedia para 11,89%, de 11,94%, e o para janeiro de 2024 recuava para 12,90%, de 12,94% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 tinha máxima de 13,715%, de 13,721%.
Última cotação do dólar
O dólar encerrou a sessão de ontem (11) em alta de 1,25%, registrando R$ 5,189 na venda.
(Com informações de Estadão Conteúdo)