O dólar passou a cair com investidores atentos ao fluxo cambial, após o mercado de câmbio abrir em alta leve, seguindo a tendência da moeda americana no exterior na manhã desta segunda-feira (21). Lá fora, há demanda para proteção no dólar em meio ao salto de mais de 4% do petróleo com a falta de avanços para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e aumento dos juros dos Treasuries.
Às 11h desta segunda, o dólar hoje tinha viés de baixa de 1,00%, a R$ 4,97 ante máxima após a abertura a R$ 5,03. O dólar futuro para abril caía 0,31%, a R$ 5,02, ante máxima intradia a R$ 5,04.
Em ambiente de cautela com a inflação global, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, disse hoje que o lockdown na China, por causa de novos surtos de covid-19, pode prejudicar ainda mais as cadeias produtivas e que as perspectivas para inflação aumentaram significativamente nos EUA.
“Preços altos de commodities sugerem que a inflação global continuará sob pressão, mantendo os mercados alertas sobre a reação dos bancos centrais. Na semana passada, por exemplo, o Federal Reserve, banco central dos EUA, elevou sua taxa de juros pela primeira vez desde 2018 e sinalizou que continuará a aumentar as taxas em todas as reuniões deste ano”, informou o relatório da XP.
Por volta das 9h16, o juro da T-Note de 10 anos atingiu máxima do dia, a 2,458%, de 2,151% no fim da tarde de sexta-feira, 18. A participação do presidente do Fed, jerom Powell, em evento no começo da tarde (13h) está no radar dos mercados.
Na pesquisa Focus, os investidores aumentaram suas projeções para o IPCA e Selic no fim de 2022 e de 2023 e elevaram as estimativas de alta para o PIB neste ano, mas reduziram de 1,43% para 1,30% para 2023.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (18), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,36%, negociado a R$ 5,01
(Com informações do Estadão Conteúdo)