O dólar opera em queda ante o real e outras divisas emergentes e ligadas a commodities, que se beneficiam do corte de juros na China nesta sexta-feira (20), para estimular a economia em meio ao pior surto da covid-19 no país desde o início da pandemia.
Às 15h22, o dólar à vista tinha viés de baixa de 1,17%, a R$ 4,87. A moeda chegou a oscilar a máxima de R$ 4,92, com ajuste pontual após abertura negativa. O dólar futuro para junho recuava 0,53%, a R$ 4,9235.
“Fechando a semana, repercutindo as decisões de política monetária do Banco Popular da China (PBofC), reduzindo o juro de cinco anos de 4,60% a 4,45%. Isso
acontece depois de divulgados os dados de produção industrial e vendas de varejo, dentre outros indicadores, no início da semana, em ‘forte mergulho’ pelo clima de lockdown e “Covid zero” em Pequim, Xangai e cidades próximas. Com isso, o escoamento dos portos de Xangai parou, impactando no fluxo de insumos para várias cadeias produtivas globais”, informou o relatório da Mirae Asset.
Mas a queda da moeda norte-americana é limitada pela alta do índice DXY e dos juros dos Treasuries, em recuperação após dois dias de perdas causadas por temores de recessão nos EUA em meio à alta da inflação e dos juros no país.
Algumas commodities agrícolas, como açúcar, sobem nesta manhã, e o petróleo ganhou força moderada à medida que investidores absorvem a decisão do Banco do Povo da China (PBoC) de cortar juros.
Em foco também está o anúncio da Rússia, de que cortará o fornecimento de gás natural à Finlândia, dias após o país nórdico e a Suécia formalizarem pedidos de adesão à Otan.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (19), o dólar encerrou em 1,3%, negociado a R$ 4,91.
(Com informações do Estadão Conteúdo)