Dólar recua em linha com exterior em meio à alta do euro e ao IGP-M fraco

O dólar opera em baixa nesta quinta-feira (19), precificando a desaceleração da inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que recuou para 0,39% na segunda prévia de maio. Na prévia de abril, o índice registrou um avanço de 1,85%.

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Além disso, o dólar hoje também acompanha as perdas da moeda norte-americana ante principais pares e divisas emergentes no exterior no período da manhã.

Às 12h41 (horário de Brasília), o dólar à vista caía 1,47%, para R$ 4,9114. O dólar futuro para junho recuava 1,17%, a R$ 4,9275.

Investidores continuam reduzindo posições cambiais porque a elevada taxa de juros no Brasil tem atraído capitais de curto prazo para “carry trade“, o que torna alto o custo de carregamento de posições cambiais compradas no mercado futuro, afirmam os profissionais das mesas de operação.

Mas preocupações dos investidores com a inflação global, alta de juros por bancos centrais ao redor do mundo, principalmente dos EUA, e a situação da Covid-19 na China realimentam a aversão ao risco e quedas das bolsas internacionais, do Ibovespa futuro e dos rendimentos dos Treasuries (com alta respectiva de preços).

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Dólar perde espaço com alta dos juros mundialmente

O euro fortaleceu levemente a alta ante o dólar, após a divulgação da ata referente à mais recente reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Segundo o documento, na reunião passada os dirigentes reforçaram que os juros podem ser elevados por “algum tempo” depois do final das compras de ativos, que deve terminar no início do terceiro trimestre (agosto).

Boa parte dos integrantes do BCE manifestou preocupação com a recente escalada da inflação na zona do euro, de acordo com o relatório. Em abril, a taxa anual de inflação na região se manteve no nível recorde histórico de 7,4%.

Às 12h30, o euro subia a US$ 1,0619, de US$ 1,0526 após a ata do BCE. O índice DXY do dólar ante seis divisas principais caia 0,48%, a 103,316 pontos, ante 103,291 pontos (-0,50%) registrados após a divulgação do documento de política monetária.

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Além disso, nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego subiram 21 mil na semana encerrada em 14 de maio, a 218 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 200 mil solicitações.

O total de pedidos da semana anterior foi revisado para baixo, de 200 mil a 197 mil.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (18), o dólar encerrou o pregão valendo R$ 4,9826, após alta de 0,80%.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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