Dólar hesita, mas sobe com cautela externa e servidores no radar
O dólar exibiu viés de baixa pontual na manhã desta terça-feira, 19, após abrir em alta e retomar o sinal positivo, alinhado à valorização persistente no exterior ante pares principais – e divisas emergentes e ligadas a commodities em meio a cautela renovada com a guerra na Ucrânia e perspectiva de aumento de juros mais agressivo nos Estados Unidos.
Às 12h25 desta terça, o dólar à vista voltava a subir, cotado a R$ 4,67 (+0,54%), após subir nos primeiros negócios à máxima a R$ 4,68 e de cair à mínima a R$ 4,64.
O dólar futuro para maio retomava viés de alta, de 0,09%, a R$ 4,6, após mínima a R$ 4,65 e máxima a R$ 4,68.
O petróleo ampliou a queda para mais de 2%, pressionado por incertezas sobre o crescimento da economia global, em meio aos efeitos do “lockdown” imposto em várias cidades da China nas última semanas, incluindo Xangai.
Os investidores locais precificam ainda a aceleração do IPC-Fipe a 1,72% na segunda quadrissemana de abril, ganhando força em relação ao aumento de 1,56%, com ampliação de seis dos sete componentes do índice, com destaque para Alimentação (de 3,01% para 3,34%).
“No Brasil, diante do IPCA a 1,62% e o IGP-10 a 2,48%, uma reavaliação de cenário se torna inevitável, com o ciclo de juro se mantendo depois da reunião de maio (4). Se antes achavam que a taxa Selic seria elevada a 12,75% e assim permanecer depois desta reunião, agora não mais”, informou o relatório da Mirae Asset.
Segundo operadores, os mercados operam de olho também no risco de piora fiscal das contas do governo por causa das negociações por reajuste dos servidores públicos.
Diante da insatisfação de diferentes categorias do funcionalismo federal com o reajuste linear de 5%, integrantes do Executivo avaliam ceder mais e oferecer, além de salários maiores, aumento do vale-alimentação e do valor das diárias concedidas para viagens, apurou a Folha de S.Paulo. Novas assembleias de servidores para avaliar as propostas ficam no foco.
Última cotação do Estadão Conteúdo
Na última sessão, segunda-feira (18), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,02%, negociado a R$ 4,64.
(Com informações do Estadão Conteúdo)