O mercado de câmbio opera alinhado à valorização do dólar ante pares principais e algumas divisas emergentes e ligadas a commodities.
Às 11h45, o dólar hoje subia 1,05%, a R$ 5,02. O dólar futuro para junho ganhava 0,49%, a R$ 5,04.
Os investidores ajustam posições em meio ao avanço dos retornos dos Treasuries e uma piora dos índices futuros de Nova York há pouco, com investidores na expectativa de que o Federal Reserve (o banco central norte-americano) poderá elevar em 0,50 ponto os juros nos Estados Unidos no fim de seu reunião de política monetária, nesta quarta-feira.
Dados fracos da indústria chinesa também estão comprometendo o apetite por risco nesta manhã. Nas próximas horas, investidores vão acompanhar os PMIs industriais dos EUA.
No Brasil, os investidores aguardam também a decisão de política monetária do Copom, na quarta, e a aposta majoritária é de alta da Selic de 1 ponto, a 12,75% ao ano. Os economistas esperam ainda mudança na comunicação do Copom, que permita novos apertos de juros por causa da inflação elevada no País.
O dólar ganha tração, após subir na sexta e acumular ganhos de 3,81% em abril. Além da valorização do DXY, o ajuste local precifica ainda os PMIs chineses negativos e a queda forte do petróleo.
O investidor fica atento também ao fiscal em ano de eleição e com aumento de gastos pelo governo de Jair Bolsonaro. Na última sexta-feira, Bolsonaro disse que pode rever as regras do teto de gastos após as eleições. Já o ex-presidente Lula defendeu no sábado, mais uma vez, que o País não precisa de um teto de gastos.
Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Bolsonaro está expandindo o pacote de medidas com viés eleitoral, que já pendura uma fatura de no mínimo R$ 82 bilhões para o próximo presidente eleito e torna praticamente insustentável o funcionamento da máquina administrativa dos órgãos e programas do governo sem mudança no teto de gastos.
Há pouco, o Banco Central informou que seu índice de atividade, o IBC-Br, subiu 0,34% em fevereiro ante janeiro, com ajuste, e também que o indicador avançou 0,44% no 1º bimestre de 2022, sem ajuste.
Na sexta-feira, os servidores do Banco Central decidiram retomar a greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, 3, porque não houve avanço nas negociações por reajuste salarial de 27% e reestruturação de carreira com a diretoria da autarquia e o governo, segundo o Sinal.
“Início de maio, e já uma ‘Super Quarta-Feira’ com as reuniões do Copom e do FOMC”, destaca o relatório da Mirae Asset.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em leve alta de 0,05%, a R$ 4,94.
(Com informações do Estadão Conteúdo)