O dólar hoje cresce em relação ao real, seguindo a valorização que a moeda americana ganha sobre seus pares principais, depois de uma abertura de mercado que aparentava ir no rumo contrário. Nesta manhã de sexta-feira (15), outras moedas de força internacional euro e libra cedem ante o dólar, após dados de PMIs na zona do euro e Alemanha reforçarem a contração da economia.
Há também incerteza fiscal interna pesando no sentimento dos investidores, segundo um operador de câmbio.
Nos primeiros negócios, a cotação do dólar sinalizou queda em meio à alta de commodities e dados mistos da economia chinesa. Operador cita possibilidade de ingresso de fluxo comercial com o câmbio do dólar no mercado à vista acima de R$ 4,910 na abertura desta sexta-feira (15).
O ajuste de alta do dólar é limitado pela queda dos rendimentos dos Treasuries. A T-Note de 10 anos segue abaixo de 4%, a 3,895% às 9h42 (3,909% no fim da tarde ontem).
Os investidores estão em compasso de espera pelas votações no Congresso que vão afetar o cumprimento da meta fiscal de 2024. As votações da MP da Subvenção e da reforma tributária são os destaques, especialmente após importantes derrotas do governo no Congresso, com a derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à desoneração da folha de pagamentos para 17 setores e do veto ao marco temporal.
Mais uma semana de Super Quarta e cotação do dólar
Após uma semana de Super Quarta, as decisões de políticas monetárias de corte da Selic e de taxa de juros americana seguiram em linha com o previsto. A taxa básica de juros brasileira foi cortada de 12,25% para 11,75% e o federal Reserve (BC dos Estados Unidos) segurou a inflação entre 5,25% e 5,50% ao ano, começando a sinalizar possíveis cortes nas próximas reuniões.
Às 9h42, a cotação do dólar hoje à vista subia 0,34%, a R$ 4,9321, após registrar máxima a R$ 4,9331 (+0,37%). Na mínima, caiu a R$ 4,9056 (-0,19%) após a abertura da sessão. O dólar para janeiro de 2024 ganhava 0,35%, a R$ 4,9345.
Com informações de Estadão Conteúdo.