O dólar abriu em leve queda nesta segunda-feira (20), após os especialistas ouvidos pelo Banco Central mais uma vez diminuírem suas expectativas para a queda do PIB do País.
Por volta das 9h30, o dólar operava negativamente 0,46%, sendo negociado a R$ 5,3608 na venda. No último sábado, o Brasil participou de um encontro virtual com os países do G-20, onde afirmou que a economia brasileira deve cair cerca de 5% neste ano.
Além disso, o mercado global segue atento ao impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e suas consequências nos Estados Unidos e Europa, onde o desemprego aumentou substancialmente nas últimas semanas.
No Suno One você aprende a fazer seu dinheiro trabalhar para você. Cadastre-se gratuitamente agora!
Focus prevê queda do PIB menos intensa
Os responsáveis pela elaboração do Boletim Focus diminuíram, novamente, suas previsões para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A estimativa divulgada nesta segunda-feira (20) é de uma retração de 5,95%, ante 6,10% na última semana.
Há sete semanas, todavia, o Boletim Focus previa uma queda de 6,54%. Essa é a terceira semana consecutiva de melhora nas previsões. No primeiro trimestre de 2020, a economia brasileira caiu 1,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro.
Para o ano que vem, os economistas permanecem com a estimativa de um crescimento de 3,50% pela oitava semana consecutiva.
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano foi mantida pelos especialistas. A inflação de 2020, segundo o Focus, será de 1,72%. Há cerca de um mês, a estimativa era de 1,61%.
Brasil estima queda de 5% na economia
Em reunião virtual do G-20, realizada na tarde do último sábado (18), a delegação brasileira afirmou que o PIB do País cairá cerca de 5% neste ano.
A equipe brasileira disse que a perspectiva global sobre o desempenho econômico permanece altamente incerto, em razão dos efeitos da pandemia. No entanto, a delegação salientou que por mais que a atividade econômica mostre sinais de recuperação, a produção deve permanecer baixa por um período prolongado.
Veja também: Japão cria programa de subsídio a empresas que deixarem a China
O Secretário de Assuntos Econômicos Internacionais, Erivaldo Gomes, que substituiu o ministro Paulo Guedes que não pôde participar, disse que “a pandemia interrompeu a tendência de recuperação observada no Brasil, apoiada por políticas econômicas sólidas”. Gomes reforçou que a crise atual demanda por um novo conjunto de ações.
Mercados globais
Os mercados globais operam de forma estável na manhã desta segunda-feira, de olho no avanço da pandemia e o potencial de recuperação econômica em função dos esforços dos governos.
Desde o início da pandemia, mais de 140 mil pessoas já morreram devido ao vírus nos Estados Unidos, enquanto mais de 3 milhões foram infectadas. Os investidores compreendem que uma recuperação econômica robusta, não só no território norte-americano mas também em qualquer lugar do mundo, depende de como os governos irão conter as seguidas ondas de infecção em meio às reaberturas.
Confira: EUA proíbem empresas de contratos federais comprarem produtos da Huawei
Segundo Jane Foley, chefe-estrategista de câmbio do Rabobank, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal, “se recebermos notícias positivas sobre os estímulos nos EUA nesta semana, haverá mais espaço para os ativos de risco”. “Mas até vermos melhores notícias no que tange ao coronavírus, o mercado de ações pode parecer um pouco complicado”, afirmou.
De forma similar aos futuros de Nova York, os mercados europeus operam sem direção única após a abertura do pregão. Na zona do euro, o desemprego pode atingir quase 10% até o fim do ano enquanto a economia derrapa, de acordo com uma pesquisa da “Bloomberg”.
Última cotação do dólar
Na sessão da última sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 1,023%, negociado a R$ 5,3824 na venda.
Notícias Relacionadas