O dólar abriu a semana em queda nesta segunda-feira (25). O mercado está de olho do desempenho da economia brasileira, que, segundo o Boletim Focus, irá recuar 5,89% neste ano.
Por volta das 9h30, o dólar apresentava uma desvalorização de 0,999%, sendo negociado a R$ 5,5182. No último domingo (24), o governo dos Estados Unidos proibiu a chegada de turistas brasileiros para mitigar a disseminação do coronavírus. A medida, no entanto, não impacta o fluxo comercial entre os países.
Além disso, segue no radar dos investidores a escalada na tensão entre os estadunidenses e a China, a qual acusou o país de querer travar uma Guerra Fria com os asiáticos.
Boletim Focus
Os responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram nesta segunda-feira (25), suas previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Para eles, a economia do Brasil cairá 5,89% neste ano.
Essa é a 15ª semana seguida de queda da expectiva pelo indicador econômico. Na primeira divulgação de 2020, a previsão era de um avanço de 2,30% na economia. O mercado, entretanto, não aguardava pelos impactos econômicos oriundos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Para o ano que vem, os especialistas estimam que a economia irá crescer 3,20%.
O mercado está no aguardo do resultado oficial do PIB referente ao primeiro trimestre deste ano, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima sexta-feira (29).
EUA barra chegada de brasileiros
O governo norte-americano anunciou no último domingo a proibição da entrada de estrangeiros vindos do Brasil em seu país. A medida é válida para viajantes que não são nativos estadunidenses e foi tomada após o Brasil se tornar o segundo país com maior número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, somente atrás do próprio Estados Unidos.
“O potencial de transmissão não detectada do vírus por indivíduos infectados que tentam entrar nos Estados Unidos oriundos do Brasil ameaçam a segurança do nosso sistema de transporte e infraestrutura e a segurança nacional”, disse o presidente Donald Trump, em comunicado.
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Segundo Kayleigh McEnany, secretária de imprensa da Casa Branca, as novas restrições tem por objetivo garantir que estrangeiros não elevem o número de infecções no país, que hoje é o mais afetado pela doença. Segundo a Universidade John Hopkins, o país tem 1,63 milhões de casos confirmados e mais de 97 mil mortes.
A decisão, no entanto, não afeta o fluxo comercial entre os países, e se baseia em avaliação do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos de que o País “enfrenta uma transmissão generalizada e contínua de pessoa para pessoa”.
Escalada da tensão entre China e EUA
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou no último domingo que os Estados Unidos estão conduzindo as relações com o país asiático ao limite de um conflito similar à Guerra Fria, travada entre os norte-americanos e a URSS após o término da Segunda Guerra Mundial.
“Demos conta que algumas forças políticas dos Estados Unidos estão tomando como reféns as relações sino-americanas e empurrando nossos países para uma nova Guerra Fria”, disse o chanceler, durante entrevista coletiva à Assembleia Nacional Popular (ANP).
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O representante do governo chinês afirmou que as principais potências mundiais só tem a perder com o confronto, uma vez que “ganham com a cooperação”. Dessa forma, Wang Yi defendeu um modo de convivência pacífica, já que as duas maiores potências econômicas mundias tem a responsabilidade de manter a harmomia mundial.
As relações entre China e EUA, que já eram ruins antes da chegada do coronavírus, com a guerra comercial, pioraram depois da propagação da pandemia, a doença provocada oriunda no território chinês. O presidente Trump proferiu ataques ao país asiático, o acusando de criar a doença em laboratório e esconder informações.
Última cotação do dólar
Na sessão da última sexta-feira (22), o dólar encerrou em queda de 0,152%, cotado a R$ 5,5739.