Focus reduz projeção para o dólar no fim de 2025; Selic, IPCA e PIB são mantidos
Dólar deve fechar o ano em R$ 5,90, segundo mediana das estimativas do mercado; na semana passada, valor era de R$ 5,92.
A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu pela quarta semana seguida, de R$ 5,92 para R$ 5,90. Um mês antes, estava em R$ 5,99. A estimativa intermediária para 2026 caiu de R$ 6,0 para R$ 5,99, após 11 semanas de estabilidade.

A projeção para o fim de 2027 se manteve em R$ 5,90 pela quinta semana seguida. A estimativa intermediária para o fim de 2028 caiu de R$ 5,90 para R$ 5,85, após quatro semanas estável.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15% pela 13ª semana seguida – sugerindo que os juros terão de subir 0,75 ponto porcentual acima do nível atual, de 14,25%. O Comitê de Política Monetária (Copom) tem elevado a taxa e já sinalizou um novo aumento, menor do que 1 ponto porcentual, na sua próxima reunião, dos dias 6 e 7 de maio.
Considerando apenas as 34 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.
A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela décima semana consecutiva. Levando em conta apenas as 34 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 12,75% para 11,63% – ou seja, está entre 11,50% e 11,75%.
A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela oitava semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,00% pela 15ª semana consecutiva.
Dólar cai, mas projeções de IPCA e PIB são mantidas
A projeção do Focus para o IPCA de 2025 permaneceu em 5,65% pela segunda semana seguida. Está 1,15 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, estava em 5,68%. Considerando só as 36 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,64% para 5,48%.
A projeção para o IPCA de 2026 se estabilizou em 4,50% – colada ao teto da meta -, pela segunda semana seguida. Um mês antes, estava em 4,40%. Considerando apenas as 35 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 4,50% para 4,42%.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela sétima semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 ficou em 3,78% pela terceira semana seguida.
O Banco Central espera que o IPCA some 5,1% em 2025 e 3,7% em 2026, conforme a trajetória divulgada no último Relatório de Política Monetária (RPM). A autarquia trabalha com o terceiro trimestre de 2026 como horizonte relevante, mas o período deve mudar para o quarto trimestre na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 6 e 7 de maio.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo.
No caso do crescimento do PIB, a mediana das projeções para 2025 se estabilizou em 1,97%, após três semanas de queda. Um mês antes, era de 2,01%. Levando em conta apenas as 22 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 2,00% para 1,99%.
A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 se manteve em 1,60% pela terceira semana seguida. Um mês antes, era de 1,70%. Considerando só as 20 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, subiu de 1,60% para 1,80%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0% pela 56ª semana seguida.
Com Estadão Conteúdo