Dólar abre em leve queda após renovar máxima histórica
O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (13) após atingir sua máxima histórica na última terça-feira (12), quando fechou cotado a R$ 5,8657. Apenas neste ano, a moeda norte-americana já se valorizou mais de 45% frente ao real.
Por volta das 9h30, o dólar apresentava uma variação negativa de 0,314%, cotado a R$ 5,8473 na venda. Segundo o FMI, o custo de errar com a reabertura econômica após o período da pandmeia pode ser grande. Com a falta de um tratamento eficaz contra a nova doença, as autoridades terão que se equilibrar entre os possíveis custos de uma maior disseminação.
Além disso, os investidores estão atentos à queda no varejo brasileiro em março, mês que foi parcialmente impactado pelo coronavírus. Segundo o IBGE, a atividade varejista recuou 2,5% em comparação a fevereiro deste ano.
Custo da reabertura econômica
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou, na última terça-feira (12), que está observando o processo de reabertura da economia que está acontecendo nos continentes asiático e europeu, e salientou que as autoridades optaram por uma retomada gradual somada a mais medidas de prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o texto publicado no site do Fundo e assinado pelos diretores da organização, as autoridades terão que encontrar um equilíbrio entre os possíveis custos de uma maior disseminação do vírus e os benefícios da retomada de suas economias.
Segundo o artigo, as duas regiões “estão diante de escolhas difíceis, em parte porque os custos de errar em uma direção ou noutra pode ser muito grande”, se referindo a reabertura econômica e a disseminação da doença.
Os representantes da organização disseram que a Europa apresenta maiores riscos o continente asiático. “Parece estar mais em risco do que alguns países da Ásia, incluindo a China, embora nenhum país possa declarar vitória contra o vírus de modo confiante”.
China e Coreia do Sul apresentaram bons resultados em relação à contenção da disseminação da pandemia, ampliando o número de testes na população, segundo o FMI.
Queda das vendas no varejo
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo brasileiro caiu 2,5% em março deste ano, em relação a fevereiro, com ajuste sazonal. Essa é a primeira queda após 11 meses consecutivos de variações positivas.
De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, as medidas de distanciamento social implementadas para mitigar a disseminação da pandemia impactaram o comércio em todo o Brasil. Cerca de 14% das empresas pesquisadas relataram impacto em suas receitas.
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No que se refere ao Varejo Ampliado, que engloba as atividades de veículos, motos, peças e materiais de contrução, o volume de vendas caiu 13,7% em comparação com fevereiro. Essa é a queda mais abrupta desda série histórica, iniciada em 2003. Dessa forma, a média móvel trimestral de março (-4,2%) foi menor que a do mês anterior (0,1%).
Na comparação com março de 2019, a queda do comércio varejista ampliado foi de 6,3%. O avanço acumulado dos últimos 12 meses é de 3,3%.
BC auxilia bancos com letras financeiras
O Banco Central (BC) anunciou, na última terça-feira, a liberação de R$ 17,5 bilhões em empréstimos lastreados em letras financeiras para 27 instituições financeiras.
O valor é oriundo da primeira emissão da Linha Temporária Especial de Liquidez, qual financia a Linha Temporária Especial de Liquidez aos bancos. A iniciativa dá suporte aos bancos em meio pandemia do coronavírus. Dessa forma, as instituições podem atender a demanda por crédito pessoas físicas e empresas durante a crise.
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“Ressalta-se a aprovação da linha a instituições financeiras dos mais diversos portes, favorecendo o fluxo de liquidez para diversos mercados e produtos financeiros”, comunicou o autoridade monetária central.
Segundo o BC, a linha emergencial de crédito deve servir de aprendizado para o desenvolvimento de futuras linhas permanentes de liquidez, dentro da agência de modernização da autarquia.
Última cotação do dólar
Na sessão da última terça-feira, o dólar encerrou o pregão cotado a R$ 5,8657 na venda, após uma variação positiva de 0,713%.