O dólar abriu em alta nesta terça-feira (4). Por volta das 9h20, a moeda estadunidense operava positivamente 0,316%, sendo negociada a R$ 5,331 na venda, de olho na recuperada econômica norte-americana após os maiores impactos da pandemia.
O dólar também reage à balança comercial, que apresentou um superávit de US$ 8,06 bilhões em julho, conforme a divulgação do Ministério da Economia na útima segunda-feira (3).
Além disso, o mercado está de olho na recuperação da produção industrial brasileira, que cresceu 8,9% em junho, em comparação a maio, segundo o IBGE.
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Dólar em meio à recuperação econômica desacelerada
O presidente do Federal Reserve (Fed) de St. Louis, James Bullard, informou na última segunda-feira que a recuperação econômica dos EUA, relacionada a recessão oriunda dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), parece ter desacelerado em julho após ter surpreendido positivamente nos dois meses anteriores.
Enquanto participava de um evento online organizado pela filial do Fed de St. Louis em Memphis, Bullard ainda destacou a improbabilidade da trajetória da recuperação econômica do país acontecer de forma uniforme a partir de agora.
Bullard, afirmou em meados de julho que, à medida que os Estados Unidos se adaptam à pandemia do coronavírus, é possível que haja uma recuperação sólida da economia e um declínio substancial da taxa de desemprego atual.
Em uma apresentação ao “Economic Club of New York”, Bullard ainda destacou que as previsões para o segundo trimestre, que sofreram o impacto econômico da pandemia, agora são menos negativas e o mercado de trabalho melhorou mais rapidamente do que o esperado. “As notícias macroeconômicas de maio e junho, divulgadas com atraso, parecem sugerir que abril será o ponto mais baixo da crise”, disse o presidente do banco central dos EUA.
Balança comercial no azul
A Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia informou na última segunda-feira que a balança comercial brasileira registrou, pelo segundo mês consecutivo um superávit recorde, de US$ 8,06 bilhões em julho.
Em comparação com julho de 2019, a balança comercial cresceu 237%, já que na época, o superávit foi de US$ 2,391 bilhões.
Apesar disso, as exportações e importações caíram 2,9% e 35,2% respectivamente no mês passado, na comparação anual, considerando a média por dia útil. Foram exportados US$ 19,56 bi no mês passado, enquanto as importações somaram US$ 11,50 bilhões.
No acumulado de 2020, a balança comercial já anota um saldo positivo de US$ 30,383 bilhões. O montante é 8,2% maior em comparação com a mesma época do ano passado.
Produção industrial avança em junho
A produção industrial cresceu 8,9% em junho, em comparação com maio. Em relação ao mesmo período do ano de 2019, houve um recuo de 9%. Os dados foram apurados e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira.
Essa é a maior taxa desde junho de 2018 (12,5%) e mostrando crescimento pelo segundo mês seguido. No entanto, a produção industrial elimina apenas parte da queda de 26,6% acumulada no período entre março e abril deste ano.
No resultado de junho, houve comportamento positivo de forma ampla, explicado pelo aumento do ritmo produtivo, após o aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, em razão da pandemia.
Na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral permanece em baixa, com o total da indústria caindo 1,8% em junho deste ano frente ao nível de maio, mantendo, assim, a trajetória predominantemente descendente iniciada em outubro de 2019. O setor industrial está em um patamar 27,7% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011.
Última cotação do dólar
Na sessão da última segunda-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 1,83%, negociado a R$ 5,314 na venda.