Dólar abre em leve queda; incertezas do Fed e desemprego no radar
O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (17), após o Fed demonstrar certa incerteza quanto à recuperação da atividade econômica nos Estados Unidos em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Por volta das 9h20, o dólar operava em queda de 0,787%, sendo negociado a R$ 5,1912 na venda. O mercado também segue atento aos impactos da crise no Brasil, fazendo com que a taxa de desemprego subisse em maio.
Além disso, segue no radar dos investidores a autorização dos EUA para as empresas norte-americanas em trabalharem com a Huawei para desenvolverem padrões 5G.
No Suno One você aprende a fazer seu dinheiro trabalhar para você. Cadastre-se gratuitamente agora!
Dólar reage à cautela do Fed
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou, na tarde da última terça-feira (16), que é preciso ter cautela quanto às “incertezas significativas” acerca da recuperação da economia dos Estados Unidos, impactada pela pandemia.
Em teleconferência junto ao Congresso norte-americano, o presidente do Fed demonstrou uma perspectiva receosa quando às perspectivas econômicas, reforçando o posicionamento da autoridade monetária estadunidense. Powell já informou que pretende manter as taxas de juros próximas de zero até, ao menos, até o fim de 2022.
“Recentemente, alguns indicadores apontaram para uma estabilização e, em algumas áreas, uma modesta recuperação da atividade econômica”, afirmou o presidente da instituição.
No entanto, salientou que “os níveis da produção industrial e do emprego continuam bem abaixo dos patamares de antes da pandemia e incertezas significativas persistem sobre o timing e a força da recuperação.”
“Enquanto a população não estiver confiante de que a doença foi contida, uma recuperação plena é improvável”, disse. Ele reforçou que o Fed “está comprometido a usar todos os instrumentos que dispomos” para sustentar a economia durante a crise. Entretanto, não passou mais detalhes sobre o “timing” do futuro da política monetária.
Desemprego aumenta em maio
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última terça, que a taxa de desemprego no país passou de 10,5%, na primeira semana de maio, para 11,4% no fim do mês.
De acordo com uma pesquisa inédita realizada pelo IBGE, o número de trabalhadores enfrentando o desemprego no País cresceu 10,8% em maio. Isso leva o dado a um total de 10,875 milhões, trazendo um aumento de 1,05 milhão em um mês.
Saiba mais: Selic pode baixar mais na próxima reunião do Copom, segundo Mourão
Segundo as informações do Instituto, o aumento do desemprego foi ocasionado pela volta da busca por trabalho durante o último mês, não por demissões. O número de trabalhadores ocupados registrou um aumento de 0,6% no mesmo período, indicando que 84,431 milhões de pessoas estavam empregadas no país no final de maio.
EUA permitem empresas trabalharem com Huawei e 5G
O Departamento de Comércio dos EUA anunciou, na tarde da última terça, a permissão das empresas norte-americanas de trabalharem com a chinesa Huawei para desenvolverem padrões da tecnologia 5G.
A liberação “será uma ajuda significativa para as empresas dos EUA manterem a liderança em grupos padrões internacionais sem afetar os objetivos do governo em relação à Huawei, disse o advogado comercial de Washington, Kevin Wolf, à agência de notícias “Reuters”.
Confira: Caixa iniciará linha de crédito para micro e pequenas empresas
Em maio de 2019, o presidente Donald Trump acusou a empresa chinesa de espionagem. Além disso o mandatário afirmou que as companhias norte-americanas estavam proibidas de utilizar equipamentos de telecomunicações de empresas que o governo considerasse uma ameaça a segurança do país. Portanto, a Huawei fazia parte dessa lista.
A nova regra, entretanto, mantém a proibição de compartilharem tecnologia com a chinesa para fins comerciais. Está permitido apenas discutirem a definição de padrões técnicos para que os equipamentos de diferentes fornecedores possam operar juntos em uma mesma rede.
Última cotação do dólar
Na sessão da última terça-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 1,756%, negociado a R$ 5,2324 na venda.
