O dólar encerrou as negociações desta terça-feira (5) com valorização de 1,228%, cotado a R$ 5,5902 na venda. A moeda americana registrou alta pela terceira sessão consecutiva.
Apesar do bom humor do investidores no exterior com a reabertura de alguns países, o dólar fechou em nova alta. No Brasil, o mercado ficou atento às tensões políticas domésticas e às expectativas de um corte na taxa básica de juros (Selic), após a divulgação do tombo na produção industrial do País.
Além disso, o Banco Central (BC) realizou nesta sessão uma oferta de 10 mil contratos de swap cambial. Os contratos negociados terão vencimento para setembro deste ano e para janeiro de 2021.
Confira as principais notícias que afetaram o mercado de câmbio nesta terça-feira:
- Alemanha critica programa de QE do BCE
- Produção industrial despenca 9% em março
- Economia mundial mostra sinais de recuperação
Alemanha critica programa de QE do BCE
A Alemanha comunicou nesta terça-feira que a compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) pelo programa de Quantitative Easing (QE), reiniciado no final do ano passado, não respeitava o ‘princípio da proporcionalidade’.
“O BCE falha em conduzir o necessário equilíbrio entre o objetivo da política monetária e os efeitos da política econômica decorrentes do programa. Portanto, as decisões em questão … excedem o mandato de política monetária do BCE”, criticou o tribunal alemão de alta escala.
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A Quantitative Easing é uma política monetária que aumenta a oferta de moeda de uma economia. O objetivo do programa iniciado pelo BCE em 2015 era dar apoio a economia da zona do euro, mantendo os custos dos empréstimos baixos para todos países que pertencem a essa união monetária.
Produção industrial despenca 9% em março
Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial caiu 9,1% em março, em comparação com fevereiro, pior resultado para o mês desde 2002.
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No acumulado anual, a produção industrial queda de 1,7% , em relação aos 12 meses a atividade industrial também acumulou um recuo de 1%. De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, o resultado foi impactado pela pandemia do novo coronavírus e o isolamento social exigido para combater o vírus.
“Esse impacto da pandemia fica evidenciado quando se compara com o mês de fevereiro, já que a taxa é fortemente negativa e representa a queda mais intensa desde maio de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros. E não apenas pela magnitude da taxa, mas também pelo alargamento por diversas atividades, incluindo todas as quatro categorias econômicas e 23 das 26 atividades pesquisadas”, afirmou Macedo.
Economia mundial mostra sinais de recuperação
O Goldman Sachs e o Morgan Stanley informaram nesta terça-feira que a economia mundial começou a se recuperar do crise do novo coronavírus e das restrições aplicadas para combater a pandemia.
“A atividade econômica tem provavelmente se recuperado agora. Confinamentos e distanciamento social começam a diminuir enquanto muitos países reabrem suas economias com cautela”, afirmou o economista-chefe do Goldman Sachs, Jan Hatzius, à “Bloomberg”.
“O maior risco negativo para as perspectivas econômicas globais é que as taxas de infecção voltem a acelerar acentuadamente à medida que a economia reabre. Afinal, nossa análise recente confirma que grande parte da melhora médica resultou de confinamentos e distanciamento social”, disse Hatzius.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (4), o dólar encerrou em alta de 1,5%, cotado em R$ 5,52