Dólar fecha sexta semana consecutiva em queda, aos R$ 5,229
O dólar fecha nesta sexta-feira (7) sua sexta semana consecutiva de perdas frente ao Real, acumulando queda de 3,74% na semana.
Diante disso, confira o desempenho do dólar ao longo da primeira semana do mês de maio:
- Segunda-feira (3): o dólar caiu 0,24%, aos R$ 5,419, com os investidores à espera da fala de Jerome Powell. o presidente do Federal Reserve (Fed)
- Terça-feira (4): a alta foi de 0,22%, com o dólar cotado a R$ 5,43
- Quarta-feira (5): em forte queda de 1,21%, o dólar fechou negociado a R$ 5,365, com o mercado à espero da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros (Selic).
- Quinta-feira (6): novamente em forte queda de 1,62%, negociado a R$ 5,278, o mercado reagiu à elevação da taxa básica de juros (Selic) para 3,50% ao ano
Já em relação ao pregão anterior, a moeda fechou negociada a R$ 5,229, caindo 0,93% e registrando o menor valor desde o dia 14 de janeiro, quando fechou aos R$ 5,21.
De acordo com Rodrigo Franchini, sócio e Head de Produtos da Monte Bravo Investimentos, hoje, em especial, o dólar acelerou a queda perante todas as outras moedas do mundo, não apenas frente ao Real.
Franchini explica que a razão principal da desvalorização foi a divulgação do desemprego nos EUA hoje. “O número surpreendeu, foi um número muito abaixo do esperado, o que provou que a economia americana não está tão forte assim. Desta forma, os investidores deixaram de procurar pelo dólar e passam a demandar outras moedas”.
Além disso, veja outras notícias importantes do dia:
- Biden: payroll mostra o quão vitais são nossas medidas de apoio, que prosseguirão
- Reservas internacionais da China sobem a US$ 3,198 trilhões em abril
- EUA/Fed: crédito ao consumidor cresce US$ 25,8 bilhões em março
Emprego nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (7) que os números do payroll mostram que “ainda há muito trabalho a fazer” até que a economia do país se recupere totalmente do choque da pandemia.
Em declarações a repórteres na Casa Branca, Biden disse que o dado mostrou que “mais ajuda é necessária” e garantiu que ela “está a caminho”.
China
As reservas internacionais da China voltaram a subir em abril, após três meses consecutivos de quedas, graças a um superávit comercial maior e a possíveis entradas de capitais atraídos pelos mercados de ações e renda fixa do país, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 7, pelo PBoC, como é conhecido o banco central chinês.
No fim de abril, as reservas da segunda maior economia do mundo totalizavam US$ 3,198 trilhões, representando alta de US$ 28,15 bilhões em relação a março. O resultado veio praticamente em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de avanço a US$ 3,2 trilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.
Fed
O crédito ao consumidor dos Estados Unidos cresceu US$ 25,8 bilhões na passagem de fevereiro para março, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 7, pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o que representa um avanço anualizado de 7,4%, feitos os ajustes sazonais. O resultado veio bem acima das previsões de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que projetavam ganho de US$ 20 bilhões.
O crédito rotativo, composto na maior parte por cartões de crédito, aumentou 2,4% em relação a março do ano anterior. Já o crédito não rotativo, que inclui empréstimos para financiamento estudantil e de automóveis, teve alta de 5,9% em igual base de comparação.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (5), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,62%, negociado a R$ 5,278.